Um tema recorrente nos últimos dias em Belo Horizonte, tem sido a ausência em muitas linhas de ônibus da capital dos agentes de bordo ou cobradores. A lei municipal 10.526/2012 determina que somente os ônibus do sistema MOVE poderão trafegar sem os cobradores, as demais linhas são obrigadas a trafegar com os agentes de bordo, salvo em horários noturnos, domingos ou feriados.
A lei ainda ressalta que, os funcionários que tiveram suas funções extintas devido às alterações, deverão ser realocados a funções sem perda ao trabalhador.
Entretanto o que se vê em Belo Horizonte, desde a negativa do prefeito Alexandre Kalil em autorizar o aumento das passagens que teriam início a partir de Janeiro de 2018, foi à saída de muitos trabalhadores das suas funções, o que tem causado muitos transtornos aos passageiros e acúmulo de função aos motoristas. O veto pautado em decisão judicial proibiu a abertura do que Kalil chamou de “Caixa Preta” da BHTRANS.
Com base nas inúmeras reclamações que estão surgindo por meio da ouvidoria da PBH pelo 156, e também as diversas reportagens que mostram o descumprimento por parte das empresas em manter os funcionários trabalhando nos coletivos, Kalil utilizou uma rede social para atacar as empresas que têm concessão para realizar o transporte coletivo da capital. “Se as empresas de ônibus fazem o que querem, vão receber o troco. Belo Horizonte tem governo”, escreveu Kalil.
O Setra BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte) havia proposto o aumento de 10,45%, e as empresas 6%, a justificativa foi o aumento dos combustíveis e também de melhoria na frota da cidade, incluindo veículos com ar condicionado. Na ocasião, ambas as propostas foram negadas pelo prefeito.
E.B