A OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico divulgou, no último mês, um estudo sobre Políticas Eficazes para Professores e constatou que o Brasil tem um dos maiores números de estudantes por docente no ensino médio entre quase 70 países.
As turmas com muitos alunos acabam causando estresse para os educadores e diminuindo a qualidade de ensino para os alunos. Sendo assim, a solução seria contratar mais educadores, porém o estudo apontou que o número de alunos interessados em seguir a carreira diminuiu.
A pesquisa foi baseada nas respostas de alunos de 15 anos do Pisa- Programa Internacional de Avaliação de Alunos. As escolas públicas do Brasil possuem 37 estudantes por sala. Já o país tem 22 alunos por professor, ficando abaixo apenas da Colômbia, que tem 27 alunos por educador. A China, país mais populoso do mundo, possui apenas 12 estudantes por professor.
Os professores também precisam lidar com salários baixos. De acordo com o Relatório do 2º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação, do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, os docentes de escolas públicas recebem 74,8% do que os profissionais de outras áreas ganham.
Esses são um dos motivos que afastam os estudantes da docência. Entre os anos de 2006 e 2015, o índice de alunos que esperavam seguir a profissão caiu de 5,5% para 4,2%, conforme informações da OCDE. No país, apenas 2,4% dos estudantes esperam ser professores em escolas de ensinos básico e médio.
Em Minas Gerais, existem 40 alunos por turma no ensino médio e de acordo com a SEE – Secretaria de Estado de Educação a distribuição consegue atender a demanda de alunos. A remuneração inicial de um professor de educação básica na rede estadual, para uma jornada de 24 horas semanais, é de R$ 2.135,64.
Segundo a OCDE, turmas menores permitem que os professores se concentrem mais nas necessidades individuais de cada aluno. Além de reduzir o tempo gasto com interrupções.
G.J
