“Vou chorar e saio da política”, diz Ciro sobre possível eleição de Bolsonaro a presidente

Os ataques de Ciro se estenderam ao vice de Bolsonaro, General Mourão, que foi chamado de “jumento de carga”. O pedetista também criticou o PT e chamou o governo de Dilma de “desastroso”


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Ciro manteve a postura de atacar os militares e estendeu as críticas ao PT (Foto: Reprodução)

O candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT), em sabatina realizada pelo jornal O Globo, Valor Econômico e a Revista Época, ao ser perguntado sobre a possibilidade de Jair Bolsonaro (PSL), que atualmente lidera as intenções de voto, com 28%, ser eleito presidente nas eleições em outubro, disse que sairia da política.

“Vou desejar boa sorte a ele, cumprimentá-lo pelo privilégio e depois vou chorar. Eu saio da política. A minha razão de estar na política é confiar no povo brasileiro”, argumentou o candidato que atualmente aparece com 13% das intenções segundo o último estudo Datafolha.

Ao se referir ao vice de Bolsonaro, o General Mourão, Ciro disse que ele é “um jumento de carga” e que, em seu governo, militar não poderia falar de política.

“Esse general Mourão, que é um jumento de carga, tem uma entrada no Exército e agora se considera tutor da nação. Os brasileiros têm que deixar muito claro que quem manda no país é o povo,” disse.

 Em resposta a recente declaração do Comandante Villas Boas, que afirmou que o próximo presidente pode não ter legitimidade, Ciro disse que ele discursou para “cadelas no cio” e que poderia ser preso em seu governo.

“Estaria demitido e provavelmente pegaria uma “cana”. Mas deixa eu explicar, ele está fazendo isso para tentar calar a voz das “cadelas no cio” que embaixo dele estão se animando com essa barulheira. Esse lado fascista da sociedade brasileira”, atacou.

Ciro estendeu suas críticas aos militares e explicou como seria a relação dele com as forças armadas.

“Sob ordens da Constituição eu mando e eles obedecem. Não quero eles envolvidos em negócios de narcotráfico. Isso é invenção de norteamericano. Eu os quero ativos, bem remunerados, mas no meu governo o Exército não fala em política”.

”O Brasil não aguenta outra Dilma”

O candidato também atacou o PT, quanto a escolha do ex-ministro Fernando Haddad para substituir a candidatura de Lula. Para Ciro, “o PT muitas vezes dá demonstração que só pensa em si e nesse passo é muito flagrante isso. Todos sabiam que o Lula não podia ser candidato e contraria a inteligência do povo”.

Ele estendeu as críticas dizendo que um candidato não pode ser eleito apenas por indicação. “O Brasil não pode viver por outorga. O Brasil não aguenta outra Dilma nesse sentido de um pessoa assumir porque é indicada pelo Lula. Não podemos ter outro presidente por procuração”, comentou criticando ainda que Haddad, indicado pelo ex-presidente, não conhece o Brasil.

As críticas a Dilma se estenderam também quando o assunto foi propostas políticas. Em certo momento, Ciro demonstrou irritação ao ser comparado a ex-presidente deposta. “Por favor, não compare minhas ideias com a Dilma que fico ofendido. O governo dela foi desastrado”, disse.

G.R

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