Apenas um condenado por homicídio de Walber Sales

Levados a Júri popular nesta quarta-feira, acusados de atrair para um bar e matar a tiros o desafeto Walber Souza Sales, de 19 anos, de um total de quatro denunciados, apenas um foi sentenciado pelo homicídio. Entretanto, os quatro tiveram reconhecida, pelo Conselho de Sentença, a culpa por organização criminosa.

O assassinato do qual o grupo era acusado foi praticado por volta da meia noite de primeiro de abril de 2016, na avenida Vasco da Gama, no bairro Mangueiras, em Coronel Fabriciano , conforme divulgado pelo Diário do Aço à época . A vitima foi executada com tiros de pistola calibre 380 por um atirador que desceu da garupa de uma motocicleta.

A sentença do caso julgado foi lida nos primeiros minutos da madrugada dessa quinta-feira. Acusado de ser o mandante do crime, Roberto Carlos dos Santos, o Da Lua, foi absolvido da acusação, mas acabou condenado por organização criminosa a uma pena de sete anos e mês de reclusão. Da Lua, que já estava preso, voltou, ao fim do julgamento, para o cárcere.

Já o acusado da execução do crime, Jhon Hermes, o Jhon Jhon, foi considerado culpado pelo Júri Popular no caso do homicídio e também por organização criminosa. Foi sentenciado a cumprir 16 anos e oito meses de prisão.

O terceiro acusado, Vitor Rafael, o Papinha, foi absolvido da acusação de homicídio e culpado por organização criminosa, sentenciado à pena de quatro anos e oito meses no regime semiaberto.

O quarto acusado, Pedro Henrique Perdigão, também foi absolvido da acusação de homicídio e culpado por organização criminosa, sentenciado à pena de quatro anos e oito meses no regime semiaberto

A sessão do Júri foi presidida pela juíza Natália Discacciati Rezende e a promotora Vanessa Andrade Ferreira fez a acusação como representante do Ministério Público. A defesa dos réus ficou a cargo dos advogados José Constantino Filho, Rodrigo Alves de Melo e Thiago Xavier de Souza.

Entenda

Os acusados do homicídio duplamente qualificado e organização criminosa são todos moradores do bairro Mangueiras: Vitor Rafael Santos, o Papinha, de 23 anos, Jhon Hermes Silva Figueiredo, de 20 anos, Roberto Carlos dos Santos, o Da Lua, de 32 anos, e Pedro Henrique Perdigão Ribeiro, de 20. Outros três adolescentes foram investigados e denunciados por envolvimento com o plano e execução do crime.

Jhon Hermes foi apontado na investigação como o atirador, mas o Conselho de Sentença não reconheceu a acusação de ser Rafael Henrique o piloto da moto que levou Jhon Jhon ao local do crime.

Na época a investigação da Polícia Civil concluiu que “os denunciados integram uma organização criminosa no bairro Mangueiras, responsável pelo trafico de drogas no bairro e no distrito de Santo Antônio do Manhuaçu, em Caratinga”. Acrescenta a denúncia que pesa contra os denunciados a acusação de outras mortes no bairro Mangueiras.

Conforme a apuração ficou evidenciado que a organização criminosa possuía uma “lista de marcados para morrer” e que Walber integrava essa lista. A motivação de todos os crimes era o tráfico de drogas e suas consequências, como dívidas, disputas por áreas e queima de arquivo.

Roberto Carlos dos Santos, o Da Lua, foi apontado no processo como o líder da organização e, mesmo de dentro de um presídio dava as ordens para os crimes. Jhon Hermes foi apontado, no processo, como o seu braço operacional nas ruas.


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