Balanço na Prefeitura de Timóteo aponta falta de planejamento

O prefeito de Timóteo, Douglas Willkys (PSB), apresentou um balanço dos primeiros dias da sua gestão à frente da Administração Municipal. O atual prefeito foi empossado no dia 13 de julho. Douglas detalhou uma série de situações que encontrou na prefeitura.

Os primeiros dias do mandato têm sido utilizados para fazer o levantamento sobre a real situação da prefeitura. “Infelizmente, encontramos um quadro de total desorganização por falta de planejamento. Diante disso, tomamos algumas medidas imediatas de suspender os contratos firmados nas outras gestões e ampliamos o controle dos gastos em diversas áreas”, informou o prefeito.

Carreteiros
Um desses contratos, no valor de R$ 37 milhões/ano, havia sido firmado com uma empresa de transporte para atender várias secretarias. O contrato foi suspenso e um novo processo licitatório foi celebrado pelo valor de R$ 1,7 milhão para seis meses. A atual gestão trabalha para otimizar a utilização dos veículos e gerar economia aos cofres públicos.

Sistema Fiscal
Outro contrato suspenso refere-se ao sistema eletrônico de acompanhamento fiscal no valor de R$ 165 mil por ano. Nesse caso, o governo do Estado fornece o mesmo serviço, sem qualquer custo para o município.

Medicamentos
Uma terceira situação mencionada por Douglas Willkys refere-se a uma auditoria realizada anteriormente na compra de medicamentos. Curiosamente, o relatório desse levantamento não foi localizado nas dependências da prefeitura, sendo necessária a solicitação de cópia junto à empresa responsável.

Em 2017, por meio de um contrato, o Município comprou R$ 1.278.453,59 em medicamentos. Nos seis primeiros meses deste ano, o valor foi de R$ 2.921.238,38. Para não comprometer o fornecimento de medicamentos, o município manteve o contrato, mas a Administração Municipal alterou o fluxo do setor designando um farmacêutico para monitorar o recebimento/fornecimento dos produtos com o acompanhamento dos servidores efetivos da área. “É uma situação preocupante, porque temos recebido várias reclamações apontando que ainda têm faltado medicamentos em algumas unidades de saúde. Então, vamos manter um controle mais apurado”, antecipou Douglas.

Camisas
Outra questão que chamou a atenção da atual Administração foi a aquisição de 21 mil camisas durante o governo interino para os alunos das escolas públicas do município. Além do tempo recorde para a contratação, confecção, entrega e pagamento, a quantidade de camisetas adquiridas também levantou questionamentos. Para essa aquisição foi feita a adesão a uma ata de registro de preço do município de Alfenas, no valor de R$ 570.840,00, no dia 15 de junho.

Seis dias depois, no dia 22 de junho, todas as camisas haviam sido entregues e o pagamento efetuado. O curioso é que a rede municipal de ensino possui 6.028 alunos, ou seja, mesmo repassando três camisetas para cada aluno, ainda sobraram 3 mil unidades nos estoques da prefeitura.

Área públicas
Outro levantamento apontou a cessão de áreas públicas, especialmente no Distrito Industrial do bairro Limoeiro, sem passar pelos trâmites legais, como apreciação do plano de trabalho do Conselho Municipal de Expansão. Nesse caso específico, as pessoas beneficiadas que já tomaram posse e começaram a construir serão notificadas a interromper a edificação.

No caso dos medicamentos, a situação foi documentada e encaminhada aos órgãos fiscalizadores como Ministério Público e Câmara de Vereadores, para as devidas providências. As demais serão relatadas e terão o mesmo destino.


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