Casal de Ipatinga comemora 60 anos de união

Wôlmer Ezequiel

Casados em 1958, celebram neste fim de semana as bodas de diamante

Sempre juntos e de mãos dadas Domingos Quaresma, 88 anos, e Neuze de Castro, 84 anos, relembram as curiosas histórias do casamento celebrado no dia 13 de abril de 1958, e celebram as bodas de diamante. Ele nasceu em Rio Piracicaba, em 1930, ela é natural de Imbé de Minas, nascida em 1934.

O senhor Domingos e dona Neuze se conheceram justamente em uma festa de casamento. Desde o primeiro encontro, os dois não pararam de se comunicar. “Nos conhecemos na festa de casamento de uma sobrinha minha, que morava em Imbé. Daí como a gente morava longe, iniciamos o namoro por carta”, conta Domingos.

Segundo as contas de Neuze, foram apenas quatro encontros antes do matrimônio, na quinta visita os dois já estavam ao pé do altar. “Além disso, nestes encontros o namoro era um sentado do lado do outro e sem pegar na mão, não podia. Mas nas cartas nós demonstrávamos todo o carinho. Hoje muita gente namora por Whatsapp, nós namorávamos por cartas. Na quinta visita dele lá na minha cidade, a gente casou e foi a melhor coisa que me aconteceu”, relembra a esposa.

Na época, o mecânico montador trabalhava na Belgo Mineira, e levou consigo a esposa para João Monlevade, que nunca tinha se aventurado por outras terras. “Moramos em Monlevade por três anos, em um hotel. Logo no segundo mês ela engravidou e depois não paramos mais. Tivemos seis filhos”, informa Quaresma.

Em 1961, Quaresma decidiu deixar a sua carreira com estabilidade para se arriscar no efervescente Vale do Aço. “Meus amigos acharam que eu estava louco, pois eu vim e junto com Neuze construímos tudo novamente, fomos morar, primeiro, em Coronel Fabriciano”, relembra.

Dois meses antes da emancipação de Ipatinga, o casal mudou-se para o bairro Cariru, onde moram até hoje. Quaresma e Neuze contam que os desafios no início de Ipatinga foram muitos, mas que o amor superou tudo e prevalece até hoje.

“Eu agradeço muito a Deus por toda a minha trajetória. Sempre com o apoio de Neuze e dos meus filhos, pude contribuir muito com Ipatinga, participando da fundação do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa), da Consul e da vida política da cidade”, aponta Quaresma.
“Nós vivemos juntos há 60 anos porque nos amamos demais. Temos que cultivar o sentimento e perdoar sempre para um casamento de sucesso. O amor faz acontecer”, conclui Neuze.


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