Cidades do Vale do Aço superam crise econômica e mantém destaque em Minas

Alex Ferreira

Aos poucos a economia de Ipatinga reage e retoma a curva de crescimento

Apesar de a situação política não ser das mais estáveis, a economia de Timóteo e Ipatinga, aniversariantes do dia, bem como de todo o Vale do Aço, retoma aos poucos para a curva do crescimento. Alavancada pela siderurgia e pelo setor metalomecânico, a movimentação financeira nos municípios dá indícios de melhora, segundo representantes de entidades setoriais.

O vice-presidente da Federação da Indústria do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Regional Vale do Aço e representante na Agenda de Convergência, Flaviano Gaggiato, destacou que a indústria da região já responde positivamente. “Nós do setor industrial estamos vendo os bons sinais, ainda que sem euforia. A política ainda influencia muito, mas já há uma separação maior das duas áreas. O reacendimento do Alto-forno 1 da Usiminas significa que há uma demanda de mercado e esta demanda acaba chegando às empresas do ramo metalomecânico por meio de reparos, investimentos e outros”, pontua.

Wôlmer Ezequiel

Flaviano Gaggiato é empresário do ramo metalomecânico

Flaviano Gaggiato salienta que o aumento da demanda de aços planos, produtos de bens de capital e bens de consumo representa também aumento na geração de emprego e renda na região. “O setor metalomecânico confirma uma demanda crescente de serviços. Temos percebido a contratação da mão de obra; na nossa empresa já começamos a aumentar o nosso efetivo. Acreditamos que a retomada dos recursos humanos será feita de modo mais breve que imaginamos. O nosso maior patrimônio é o pessoal, eles que detém os conhecimentos e as tecnologias”, afirma o empresário.

Serviços
O diretor geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço (ARMVA), Carlos Mafra, destacou que além do setor industrial, o fortalecimento do setor terciário tem sido preponderante para a melhora da economia na região. “Podemos constatar a abertura e ampliação de grandes redes de supermercados, franquias, instituições de ensino superior com novos cursos. O setor terciário é de extrema importância pois ele sofre menos com as oscilações internacionais de preços e permite que a riqueza circule na própria região. O Vale do Aço é responsável por 7% do PIB de Mina Gerais, ou seja, é uma localidade muita significativa para o nosso estado e que merece ainda mais atenção do Poder Público”, pontua Mafra.

Carlos Mafra diretor geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço

Está agendada para o dia 30 de junho a conclusão do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) da RMVA, segundo Mafra. “A Agência trabalha para que o Vale do Aço possa se desenvolver e crescer de forma sustentável e este trabalho ficará mais claro com a finalização do PDDI, o qual estará focado em sanar os gargalos e fomentar as potencialidades da região”, conclui o diretor.


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