Ipaba enfrenta surto da Síndrome mão-pé-boca

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Feridas avermelhadas na planta dos pés, mãos e interior da garganta podem ser indicações de contaminação pelo vírus da síndrome mão-pé-boca

Um surto da Síndrome mão-pé-boca atingiu a cidade de Ipaba essa semana e diversas crianças foram atingidas com a infecção, a maioria na faixa até cinco anos.

O relato foi feito ao Diário do Aço por mães que tiveram filhos infectados. A virose requer cuidados especiais. O principal deles é o isolamento da pessoa infectada, para evitar a propagação do vírus. Higiene rigorosa deve ser adotada, uma vez que o vírus tem infecção via oral.

Conforme nota do Centro de Informações Estratégicas Em Vigilância em Saúde – (CIEVS) da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a síndrome mão-pé-boca é uma doença altamente contagiosa. Ocorre com mais frequente em crianças
de menos de cinco anos de idade, embora possa atingir adultos. Tem esse nome justamente porque as lesões que acarreta localizam-se nos pés, mãos e interior da garganta.
“Em nosso meio o agente etiológico mais frequente é o Coxsackievirus A16. Geralmente tem evolução autolimitada”, informa a nota técnica cuja cópia foi enviada ao Diário do Aço.

Os vírus que causam a doença podem ser encontrados em uma pessoa infectada, nas secreções do nariz e garganta (como saliva, expectoração ou muco nasal), fluido da bolha e fezes. Por isso há necessidade de muita higiene ao trocar fraldas de uma pessoa infectada.

A transmissão não se dá pelo ar, mas somente pela via oral, com o contato direto com secreções, da saliva ou das feridas.

Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante
aproximadamente quatro semanas.

Sintomas

O período de incubação da doença é de 4 a 6 dias. Geralmente a doença inicia-se com febre (38°C). De um a dois dias após surgem aftas dolorosas e gânglios
aumentados no pescoço.

A seguir, surge nos pés e nas mãos uma infecção moderada sob a forma de pequenas bolhas, de cor acinzentada com base avermelhada. Essas lesões podem aparecer também na área da fralda (coxas e nádegas) e eventualmente podem coçar. Em geral, regridem com a febre, entre 5 e 7 dias, mas as bolhas na boca podem permanecer até quatro semanas. É comum que a criança também sofra de dores de cabeça e acentuada inapetência.

Complicações

Nas crianças a desidratação é a complicação mais frequente em virtude da febre e da ingesta inadequada de líquidos, devido a dor para engolir.

Outras complicações podem ocorrer, mas são raras, como meningite viral ou
“asséptica”, encefalite e ou encefalomielit

Tratamento

Não há tratamento específico, este deve ser sintomático. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios.

Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.

Prevenção

Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Medidas de prevenção e interrupção da cadeia de transmissão são importantes na Síndrome Mão-Pé-Boca.

– Lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de
trocar fraldas e usar o banheiro.

– Limpar e desinfetar superfícies tocadas com frequência e itens sujos, incluindo brinquedos

– Evitar contato próximo, como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios ou
xícaras com pessoas com problemas de mãos, pés e boca

– Deve-se evitar a Ingestão de alimentos ácidos, muito quentes e condimentados.
Dê preferência a alimentos pastosos;

– Crianças devem ficar em casa, sem ir a escola, enquanto durar a infecção;

– Lembre-se sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança
doente.


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