Obras da MG-760 devem entrar em nova fase

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Parte do maquinário está parada ao longo da rodovia, na entrada de Mundo Novo

A pavimentação da MG-760, estrada que liga o Vale do Aço à Zona da Mata, ainda está abandonada nas proximidades do povoado de Santo Antônio da Mata, em Marliéria. A terraplenagem, entretanto, foi feita até a entrada do povoado dos Antunes. Apesar do ritmo lento, responsáveis pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagens de Minas Gerais (DEER-MG) e Tamasa Engenharia Ltda, vencedora da licitação, afirmam que a obra não foi paralisada.

Por telefone, o diretor da Tamasa, Marcos Miguel Reis Tavares, informou ao Diário do Aço que o andamento das obras está dentro do cronograma e que o asfaltamento é apenas uma das fases da pavimentação. “Os usuários da via estão reclamando que as obras não estão andando. Mas, na realidade, antes de aplicar a massa asfáltica é necessário fazer uma série de procedimentos como a terraplenagem, base e compactação”, pontua Marcos.

Em nota, o DEER informou que “Os serviços de pavimentação devem ser retomados na próxima semana, em Santo Antônio da Mata”. O órgão ainda garantiu que as chuvas não atrapalharão o cronograma de entrega das obras que está previsto para o fim de 2019.

“Mesmo com as chuvas, estão previstas as execuções dos serviços de drenagem e proteção ambiental. O prazo de entrega da obra permanece inalterado, bem como os recursos assegurados até o fim deste ano. Além disso, os pagamentos da empresa estão em dia”, assegura o DEER.

O trecho da MG-760 asfaltado, entre Cava Grande e Santo Antônio da Mata, totaliza um pouco mais de 7 quilômetros e foi pavimentado nos três primeiros meses da obra. Desde então, se passaram nove meses, mas nenhum quilômetro foi asfaltado neste período, por isso surgiram as reclamações.

No mês passado, o “Movimento 760 Asfaltada Jᔠrealizou manifestação na estrada em protesto contra a morosidade nas obras. O movimento ainda denunciou que muitos trabalhadores foram dispensados e salários parcelados.

Histórico da MG-760
A obra de pavimentação foi iniciada no dia 3 de setembro de 2013, e paralisada no dia 1 de dezembro de 2014, por causa de uma ação movida por ambientalistas, na Justiça, em que questionaram pontos do licenciamento ambiental e exigiam o atendimento de condicionantes ambientais para proteger o Parque Estadual do Rio Doce, uma vez que a estrada corta um trecho da zona de amortecimento da reserva de mata atlântica.

Depois de quatro anos para ajustes às adequações ambientais, os primeiros quilômetros foram asfaltados no ano passado. A pavimentação foi iniciada nas proximidades do canteiro de obras da empresa Tamasa (vencedora da licitação) a 600 metros do distrito de Cava Grande, em Marliéria. A obra, de 57 quilômetros de extensão, tem orçamento de R$ 110.930.599,83, conforme uma placa afixada em Cava Grande, custeada com recursos estaduais. A pavimentação desse trecho, que margeia uma parte do Parque Estadual do Rio Doce, é esperada há mais de 30 anos pelos moradores do Vale do Aço e da Zona da Mata mineira.


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