Sobretaxas nas importações de aço e alumínio nos EUA podem atingir a indústria brasileira

Wôlmer Ezequiel

Secretário de Comércio dos EUA propõe imposto de 53% nas importações de aço de 12 países e restrições ao alumínio

O governo de Donald Trump avalia a imposição de tarifas e cotas para limitar as importações de aço e alumínio em nome da “segurança nacional”, o que pode prejudicar as exportações brasileiras. A lista de recomendações que será enviada ao presidente dos Estados Unidos mostra que uma das opções seria decretar imposto de 53% sobre importações de aço provenientes de um grupo de 12 países.

O grupo dos exportadores tem o Brasil na liderança, seguido pela China, Costa Rica, Egito, Índia, Malásia, Coreia do Sul, Rússia, África do Sul, Tailândia, Turquia e Vietnã. Outra proposta requer tarifação de 24% sobre as importações de aço dos Estados Unidos provenientes de todos os países.

Sobre as compras de alumínio, uma das recomendações é de que sejam impostas tarifas de pelo menos 7,7% sobre todas as importações. A outra opção seria um imposto de 23,6% sobre o metal vindo da China, Hong Kong, Rússia, Venezuela e Vietnã.

As recomendações fazem parte de relatório interno elaborado pelo Departamento de Comércio, divulgado ontem. “Estou satisfeito em ter conseguido fornecer essas análises e recomendações ao presidente”, disse o secretário de Comércio, Wilbur Ross. Trump tem até abril para decidir se vai restringir e como as importações sob a seção 232 da legislação comercial de 1962, que dá ao presidente o poder de impor tarifas e cotas se ele considerar que algumas importações ameaçam a segurança nacional.
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Aperto monetário
Políticas de aperto são também vislumbradas no controle monetário buscado nos Estados Unidos e também na Europa. As expectativas, segundo as quais grandes bancos centrais irão endurecer suas políticas, ganharam força nos primeiros dias de fevereiro, principalmente depois da divulgação dos dados do relatório de emprego nos Estados Unidos. Em janeiro, os números superaram as estimativas dos economistas, gerando expectativas de pressão inflacionária no país. (Com agências)


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