Foliões poderão utilizar celular para conferir programação e ruas interditadas durante o Carnaval

A Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) apresentou na tarde dessa quinta-feira, 11, em coletiva de imprensa, a identidade visual do Carnaval deste ano. Colorida e com estampas de frutas, remetendo ao tropical e à brasilidade, a festividade foi nomeada de “Carnaval Juiz de Fora 2018: Feito para todo gosto!”.

Na ocasião, o superintendente da Funalfa, Rômulo Veiga, também apresentou as novidades da edição deste ano. Usando a tecnologia para auxiliar os foliões e para difundir os eventos, a Fundação lançará o mapa da folia e, em parceria com a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), vai disponibilizar no aplicativo Waze as ruas interditadas devido às festividades. “Estamos criando um site, com interação mobile, que vai colocar no mapa da cidade todas as atividades carnavalescas. Assim, o folião poderá filtrar pela sua escolha como tipo de evento, horário, região”, explicou Veiga sobre o mapa da folia. “Além de incorporar as informações, principalmente relativas ao fechamento de ruas, o Waze também vai oferecer rotas alternativas para aqueles que precisam fugir da interdição”, acrescentou.

Outra novidade é que os juiz-foranos também poderão curtir o domingo de Carnaval, 11 de fevereiro, nas ruas. “Não tinha costume de ter um evento na cidade no domingo de Carnaval, por isso, criamos um evento carnavalesco que este ano irá homenagear o centenário do sambista Geraldo Pereira. O evento começa às 10h, com uma matinê. Em seguida, terá algumas apresentações e se encerrará com o show da Sandra Portela, às 17h”, contou o superintendente.

 

CARNAVAL DE RUA

O Carnaval de rua vai ser mantido no modelo do anos anteriores, com adesão dos blocos via edital. “O prazo se encerra nesta sexta-feira, 12. O bloco é inscrito, avaliado pela Comissão de Carnaval e, se aprovado, entra no calendário oficial de bloco da Prefeitura”, ressaltou Veiga. “Também tem o Corredor da folia, que é compostos pelos blocos maiores e mais tradicionais, que desfilam no Centro da cidade, e atividades artísticas e shows na Praça Antônio Carlos, que acontecem uma semana antes do Carnaval”, completou.

No ano passado, foram investidos cerca de R$480 mil no Carnaval de Rua da Cidade, no qual 64, dos 69 blocos inscritos, foram para as ruas. Para 2018, a Fundação prevê o mesmo orçamento e já teve 40 inscritos. Dentre as solicitações, possuem eventos de 26 de janeiro a 13 de fevereiro.

A Comissão de Carnaval é composta, além da Funalfa, pelas Secretarias de Governo, Transporte e Trânsito e Atividades Urbanas; Polícia Militar (PM) e Bombeiros, o que facilita a análise do bloco. “A PM disponibilizou este nosso modelo para os outros municípios, para que eles possam seguir”, contou Veiga.

 

DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA

Este ano, não serão realizados os desfiles das escolas de samba. Porém, ao longo do ano, a Fundação irá trabalhar para garantir o de 2019. “A gente vai manter a política de incentivos socioculturais, então vamos renovar projeto que temos aprovado no Ministério da Cultura prorrogando-o para o ano que vem. Além disso, estamos reservando R$150 mil que será destinado ao Fundo Municipal de Cultura, que vai sair via edital de requalificação das escolas de samba”, afirmou Veiga.

As diretrizes do edital serão traçadas após reunião entre a Fundação e as escolas de samba, que o superintendente prevê que ocorra depois do Carnaval e a expectativa é de que ele seja lançado em março ou abril. “Essa requalificação podem ser reformas, projetos, que são importantes para que elas consigam buscar outras leis de incentivo cultural e também poderá financiar atividades anuais nas quadras das escolas, como uma oficina de percussão para os jovens da comunidade.

Essas atividades precisam resgatar a interação comunitária que as escolas não possuem por diversos problemas, dentre eles, de ordem financeira”, ponderou.

Em 2017, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) investiu 1,2 milhão no desfile das escolas de samba. As agremiações do grupo especial receberam R$60 mil e as do grupo de acesso R$30 mil. “A PJF arca com tudo, por isso, é um valor muito alto para ele, mas pouco para o evento”, disse.

 

CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO

Outro ponto importante desta edição do Carnaval juiz-forano será a campanha de conscientização. “A gente tem questões muito sensíveis em relação às diferenças, as mulheres, que principalmente no Carnaval, sofrem assédio. Por isso, a gente vai investir muito na campanha de conscientização com humor, para ter maior interação possível, e linguagem mais leve, para facilitar a difusão nas redes sociais”, explicou o superintendente. “Carnaval é um momento de felicidade e alegria, e não permite que você invada o espaço do outro, principalmente de maneira agressiva. É possível se divertir respeitando o outro e a cidade”, finalizou.

Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora

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