Pró-reitor avalia primeiros meses da Moradia Estudantil na UFJF

Parece que foi recente, mas já se passaram cerca de oito meses que 70 alunos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) ocuparam o prédio da entidade destinado à Moradia Estudantil, no bairro São Pedro, Cidade Alta. A primeira experiência da UFJF com a vivência coletiva entre os estudantes em suas dependências é marcada por dificuldades, desafios, mas, na avaliação do pró-reitor de Assistência Estudantil, Marcos Freitas, o saldo é positivo.

“Considerando uma moradia estudantil em que temos a junção de estudantes de vários municípios, a convivência durante esses meses foi muito positiva. Isso pode ser visto na forma a qual questões do dia a dia são resolvidas entre eles. No início, a maior dificuldade foi a organização do regime interno, que precisou de uma série de reuniões para ser montado, porém, agora, está praticamente pronto. Com base nos relatos dos estudantes que afirmam que a morada atende a função primordial que é garantir um teto, um espaço de harmonia entre eles, tiramos conclusões positivas”, comenta.

Atualmente, das 113 vagas ofertadas, 51 estão ocupadas por alunos. Recentemente, a UFJF divulgou um edital disponibilizando 54 novas vagas, sendo 32 para o público feminino e 22 para o masculino. A seleção dos estudantes será baseada na classificação socioeconômica do grupo familiar dos inscritos no edital, conforme avaliação socioeconômica realizada pela Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Proae). O resultado final será divulgado no dia 26 de abril.

“A expectativa e que em breve a moradia esteja toda ocupada. Estamos fazendo a adesão dos estudantes de forma gradual, pois é a primeira experiência da UFJF. Mas, no decorrer dos anos, esperamos manter a ordem e o ambiente com essa finalidade, que é ser um espaço educativo que atenda à conquista do movimento estudantil”, afirma Freitas.

Para permanecer nas vagas, os alunos precisam seguir o Regulamento Geral da habitação. O não cumprimento resulta em advertência por escrito e, se houver reincidência ou desobediência a artigos específicos, na perda da vaga. “Existem pré-requisitos para ficar na moradia, como estar matriculado no semestre em ao menos 180 horas de aula, ter aproveitamento acima de 60%, não pode ter baixo rendimento durante três semestres consecutivos, senão perde a possibilidade de continuar na moradia, entre outros, que os alunos ficam cientes antes de entrar”, ressalta o pró-reitor.

Segundo ele, para ajudar no cumprimento das determinações e na resolução de alguns impasses, constantemente os residentes se reúnem com a Proae. “Temos um canal direito com os alunos. Eles possuem uma comissão que faz a ponte direta com a Pró-Reitoria. Questões do dia a dia como um gás que acabou e precisa ser reposto ou estrutural que precisa ser melhorada são resolvidas por lá. Desde a abertura da moradia a comissão tem feito contato”, reforça. “Paralelo a isso, temos desenvolvido atividades dentro da moradia. Por conta da entrada de novos estudantes, vamos potencializar ainda mais. São iniciativas no campo da psicologia, da pedagogia, assistência social, para constituir um espaço educativo e importante para criar vínculos e atender as demandas que não ficam no campo de apoio da bolsa auxílio”, acrescenta Freitas.

Se não fosse a moradia da UFJF, o estudante do curso de Ciências Exatas, Evandro Vieira teria voltado para a sua cidade natal, Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro. Proximidades com o Campus, localização privilegiada, perto de supermercados, lojas e infraestrutura que acomoda são alguns dos aspectos destacados por ele. “Os quartos são espaçosos, arejados, a estrutura é muito boa. O único ponto ruim é que não temos wi-fi. Essa é uma demanda antiga do corpo de alunos que residem, porém ainda não sabemos quando vai ser resolvido. Não se trata de um luxo, mas uma necessidade, pois nenhum aluno estuda sem acesso à internet”, diz.

Ele avalia o período em que está alocado na moradia. “É uma experiência nova, não só pelo fato de morar sozinho, mas por residir em um espaço que pertence à UFJF, sem a necessidade de sair da faculdade. Entrei com a expectativa de conhecer pessoas, histórias, obter experiência e viver em harmonia com todo mundo e tem valido à pena. É um modo de vida diferente do que estava acostumado”, relata.

Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora

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