Cólica infantil: entenda porque ela surge e como tratar

FONTE: MATERLIFE

Cerca de 20% dos bebês apresentam cólica, e ela aparece tanto crianças amamentadas no peito ou na mamadeira.

A constipação crônica funcional, nome técnico para as cólicas, se caracteriza por dores de barriga, formação de gases e dificuldade de eliminação das fezes. Começam no final da primeira semana e predominam à noite.

Por que elas aparecem?

Uma das hipóteses mais fortes é a de que o sistema digestivo do bebê ainda é imaturo, o que faz a barriga doer em reação a algumas substâncias do leite materno ou do leite artificial. As contrações intestinais do bebê estariam desorganizadas.

A principal razão de acontecerem é basicamente fisiológica: o bebê está crescendo, seu processo digestivo está se desenvolvendo e isso, às vezes, dói. Além disso, pode ser que o bebê ainda não esteja pronto para tantos estímulos que o mundo joga sobre ele.

O bebê, que é alimentado por mamadas no seio ou mamadeiras, pode engolir ar ao mamar. Esta é apenas uma das possíveis razões, que não são fáceis de identificar. Muitas vezes é uma combinação de fatores que causa a cólica. Para os bebês que mamam na mamadeira, o furo no bico precisa ser adequado, nem muito grande nem muito pequeno, adaptado para o tamanho do bebê.

 

Cólica infantil: entenda porque ela surge e como tratar
Cólica infantil: entenda porque ela surge e como tratar

 

Como saber se é cólica?

A cólica é um termo geralmente usado para descrever choro incontrolável em bebês saudáveis. É impossível saber se são realmente cólicas ou apenas um estranhamento do bebê em sua nova condição fora da barriga da mãe. Por isso, além das soluções paliativas para lidar com a dor, os pais também devem estar sensíveis ao aspecto emocional. O alento é que ela não é grave, não é uma doença e costuma melhorar bastante entre os 3 e 4 meses. O pico geralmente ocorre por volta de 6 semanas.

Normalmente o choro é de um bebê irritado, que aparenta estar incomodado fisicamente e movimenta muito braços e pernas, se encolhendo. A mamada pode ser interrompida abruptamente pelo bebê. O choro costuma vir na mesma hora todos os dias, é repentino e pode durar horas.

Além do desconhecido e desconfortável processo do corpo, o bebê não consegue dormir ou relaxar, então chora também de sono e cansaço.

É normal que bebês chorem quando estão com fome, molhados, assustados ou cansados, mas crianças com cólica choram sem parar e nada consegue lhes dar conforto ou consolo.

Dica: Se o seu filho tem menos que 5 meses, chora mais que três horas seguidas, mais que três vezes por semana e isso já dura ao menos três semanas, há boas chances de ser cólica.

 

Cólica infantil: entenda porque ela surge e como tratar

 

Como lidar com cólicas?

O bebê está assustado com o processo. Assim, quanto mais os pais conseguirem acolhê-lo e distraí-lo neste momento, melhor. Aprenda algumas dicas de como amenizar a dor do bebê:

  • Coloque o bebê no colo e pressione levemente a barriguinha dele. Apoie a barriga no antebraço do pai ou da mãe, para aquecer e apertar a região. Este é um método antigo e eficaz para aliviar a dor;
  • Dê banhos para relaxar, inclusive o de balde, que mantém o bebê mais encolhido;
  • Faça massagens suaves com as mãos sob a barriguinha e compressas de bolsa quente de água. Elas são fontes de calor que dissipam os gases. Tenha muito cuidado para não queimar a pele dele, que é muito sensível;
  • Enrole o bebê como um charutinho, pois isso ajuda a pressionar, aquecer e confortar;
  • O balanço do carrinho e a diminuição de estímulos externos podem ajudar a relaxar e fazer o bebê dormir;
  • Ponha o bebê para arrotar depois de cada mamada;
  • Mude completamente a atmosfera para distraí-lo: se estava muito agitada, suavize; se estava muito calma, estimule.
  • Rotina é uma boa forma de fazer essas cólicas virem com mais suavidade. Tente manter o mesmo ritmo das coisas e na mesma ordem. Quanto mais o bebê puder “prever” o que vem depois, menos ele tem que processar o efeito surpresa e ansiedade.
  • Fique calma. Quanto mais tenso ficar quem está cuidando do bebê, mais difícil será acalmá-lo. Lembre-se de que o choro do bebê não é culpa sua e que a cólica vai passar com o tempo.

Pode ser que o sistema digestivo do bebê ainda seja imaturo e que algumas substâncias provoquem dor e desconforto. Se você está amamentando, pode experimentar fazer algumas mudanças na sua alimentação para ver se o bebê chora menos.

O mais importante é que a mãe preste atenção em sua alimentação e em como o bebê está reagindo a ela. Não é cientificamente provado que a alimentação da mamãe pode causar cólica no bebê que amamenta. Mas há muitos relatos de mães sobre isso.

Essas são as dicas não medicamentosas. Entretanto, é importante consultar o pediatra para que ele possa orientar sobre o tratamento mais adequado.

Lembre-se: a mãe que amamenta precisa se alimentar bem.

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