Com chance maior de vitória, Zema muda proposta para Minas Gerais
Crise financeira que o Estado enfrenta deve frear medidas de difícil execução
27/10/18 – 03h00
Com uma ampla vantagem nas pesquisas de intenções de voto e próximo de romper a hegemonia de PSDB e PT no governo de Minas, o candidato do Novo, Romeu Zema, chega às vésperas da eleição disposto a mudar propostas para se adequar à realidade do Estado. No segundo turno, o empresário de Araxá, no Alto Paranaíba, já admitiu alterar algumas ideias de seu plano de governo. As modificações surgiram após Zema ver sua candidatura se tornar competitiva e ter que lidar com projetos que seriam de difícil execução diante da grave situação financeira do Estado.
Entre as medidas alteradas está a privatização de estatais, que era considerada urgente no início da campanha, mas que acabou deixando de ser prioridade ao longo da disputa.
“Mudanças profundas na estrutura do governo e nas leis serão necessárias para tirar o Estado do buraco que as administrações anteriores o colocaram. Entre elas, a gestão do meu adversário. Por isso, não temos um plano estático, engessado, só com ideias vagas e promessas vãs, como as do meu concorrente. Das minhas andanças, veio a certeza de que, para governarmos para todas as cidades, independentemente de seu tamanho, com a mesma atenção e responsabilidade, é fundamental estarmos abertos ao diálogo e às mudanças e aos ajustes que se façam necessários”, afirmou Zema. O candidato ainda avaliou que termina a corrida eleitoral com a sensação de que conseguiu passar sua mensagem para o povo mineiro. Nessa sexta-feira (26), ele não teve compromisso de campanha na rua e se dedicou a conceder entrevistas e se reunir com sua equipe.
“Acredito que o povo mineiro compreendeu muito bem as nossas propostas e decidiu nos escolher no primeiro turno e deixar para trás a velha política, que ninguém aguenta mais. Quero oferecer ao povo mineiro minha experiência como gestor há mais de 30 anos para fazer uma nova Minas, mais austera e equilibrada financeiramente para novamente gerar emprego e renda”, disse.
Gestão. Apesar de liderar com boa margem as pesquisas, Zema não quis antecipar como vai fazer a transição de governo, caso seja eleito. Porém, ele garantiu que as escolhas de sua equipe serão feitas levando em conta exclusivamente critérios técnicos.
“Como diria o político mineiro: urna e mineração só depois da apuração. Mas o nosso quadro será técnico e composto de gente competente e sem os vícios da velha política, do toma lá dá cá, do apadrinhamento e dos cabides de emprego. Prática corriqueira dos nossos adversários, que terão que conciliar, em um eventual governo, 12 siglas partidárias e quase 20 candidatos reprovados nas urnas em 7 de outubro”, concluiu Zema.
Mudanças. Entre as propostas que foram alteradas no plano de governo de Romeu Zema (Novo) estão a possibilidade de contratação de segurança privada em áreas rurais e a concessão de bolsas em escolas particulares para alguns alunos que hoje estão em escolas públicas. A proposta para a área rural está sendo reavaliada. Já na educação, a ideia agora é pagar bolsas para cursos extracurriculares a alunos que se destacarem.
Impostos. Umas das principais bandeiras da campanha de Zema, a redução de impostos não será implementada nos primeiros anos de um eventual governo do Novo. O recuo se deu após uma avaliação de que a gestão não terá como abrir mão de receitas, em função da crise fiscal por que o Estado passa.
fonte: jornal tempo
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