PT e PSDB atuam para tentar frear fortalecimento de Lacerda

PT e o PSDB reagiram rapidamente à possibilidade de o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) conseguir formar um amplo arco de aliança partidária em torno de sua candidatura ao governo de Minas. Tucanos e petistas atuam nos bastidores para tentar demover siglas que poderiam formar a coligação como o PV e o PRB e, assim, enfraquecer a chapa que seria liderada por PSB e MDB. 

Segundo um deputado do MDB, as chances de coligação com PT foram encerradas após reunião, na quarta-feira (25), entre o presidente estadual da sigla, deputado federal Saraiva Felipe, e o governador Fernando Pimentel (PT). Porém, ele afirma que tanto PSDB como PT estão assediando os demais partidos que hoje estariam fechados com a legenda. 

“A aliança entre PT e MDB ficou impossível depois da reunião no Palácio da Liberdade. Acho que eles (PV e PRB) ficam, mas o poder financeiro das duas legendas (PSDB e PT) é bem maior que o nosso (MDB). Então, estamos de olho nessas negociações”, disse. 

Dentro do PV, o presidente estadual do partido, o deputado estadual Agostinho Patrus Filho, tem dito a seus correligionários que ainda não há nenhum acordo e que o cenário está completamente indefinido. Segundo interlocutores, há conversas com PSB e MDB, com PT e até com o PSDB. 

Já um deputado do PRB confirmou que tucanos e petistas intensificaram as conversas para atrair a agremiação. “Porém, a tendência é mesmo que o PRB fique na aliança que será formada entre MDB e PSB”, disse. 

Repercussão. A articulação entre MDB e PSB repercutiu entre tucanos e petistas. O deputado federal Marcus Pestana (PSDB) vê com naturalidade uma possível aliança entre as legendas, mas alertou que “é preciso não tomar uma especulação de bastidores como verdade definitiva”. Segundo ele, a campanha de Antonio Anastasia ao Palácio da Liberdade não sofrerá fortes impactos se o acordo se concretizar. “O senador Anastasia já agregou diversos partidos e tem um tempo de televisão mais que suficiente para dialogar com a sociedade”, afirmou. 

As possibilidades de alianças estão em aberto, e os próximos dias serão decisivos para a corrida eleitoral em Minas Gerais. Pestana diz que o PSDB mantém conversas frequentes com Marcio Lacerda (PSB) e Rodrigo Pacheco (DEM), mas o melhor cenário seria uma ampla aliança dos tucanos com as duas siglas para evitar que Fernando Pimentel permaneça no comando do Estado. “Se não for possível no primeiro turno, que isso aconteça no segundo”, disse. 

No PT, a costura política entre MDB e PSB, oficialmente, também é vista com tranquilidade, sobretudo em um período pré-eleitoral, quando as articulações se intensificam. Entretanto, a presidente estadual do partido, Cida de Jesus, considera improvável que ela aconteça. A dirigente petista diz que o cenário está muito indefinido. “Se a aliança se consolidar, não terá impacto do ponto de vista eleitoral na nossa campanha. Talvez apenas no tempo de televisão. Minha preferência é que o MDB de Minas caminhe conosco. Tudo será definido na convenção. Precisamos unir forças para desconstruir a agenda do golpe”, comentou a petista.

PT x PSDB

Divergência. Enquanto Marcus Pestana define o governo de Pimentel como “caótico”, Cida de Jesus diz que o petista recebeu um legado de desconstrução da administração pública deixado pelo PSDB.

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Postado originalmente por: Portal MPA

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