MP quer que Vale proteja patrimônio cultural de Barão de Cocais

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou nesta quarta-feira, 22, uma Ação Civil Pública (ACP) contra a Vale para que a mineradora seja obrigada pela Justiça a adotar medidas de proteção ao patrimônio cultural localizado na zona que seria atingida pela inundação em caso de ruptura da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais.
De acordo com a mineradora, a talude norte da mina Gongo Soco pode se romper até o dia 25, gerando risco de colapso na barragem Sul Superior.
Na ação, ainda é pedido que a Justiça obrigue a Vale a informar sobre perspectivas de alcançar a estabilidade das estruturas e se há possibilidade da população retirada de casa retornar aos imóveis.
Além disso, o MP quer que a empresa mapeie todo o patrimônio cultural da área de inundação, obtenha as qualificações dos proprietários desses bens, registre documentos, faça o registro digital da Igreja de Nossa Senhora Mãe Augusta do Socorro (Capela do Socorro) e resgate as indumentárias vinculadas às festividades.
Ainda deve ser feito um plano de resgate do acervo da Capeta do Socorro, do Cine Rex, da Igreja Matriz de São João Batista, da Igreja Nossa Senhora da Conceição, da Igreja do Rosário e do Memorial Affonso Pena.

Previsão de rompimento

O talude norte da cava da Mina Gongo Soco tem previsão de rompimento até 25 de maio, de acordo com a Vale.
O tremor gerado pelo colapso da estrutura poderia causar uma reação em cadeia provocando o rompimento da Barragem Superior Sul que está 1,5 km abaixo e em nível máximo de alerta.
Segundo a Defesa Civil Estadual, não é possível mensurar o tamanho da estrutura que pode ruir, mas o colapso pode gerar um abalo. Ainda de acordo com o órgão, um abalo pode provocar um gatilho para liquefação e com isso a Barragem Sul Superior se romper. Em nota, a Vale disse que continua monitorando o talude norte 24 horas por dia.
Em fevereiro, 443 moradores da chamada zona de autosalvamento, a primeira a ser atingida por uma possível onda de rejeitos, já foram retirados de suas casas em fevereiro, quando o nível de segurança da barragem foi elevado para 2. Em março, o nível chegou para três.

Foto: Reprodução/Globocop

 

Foto: Vale/Divulgação

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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