Interpol é acionada para investigar suposto tráfico internacional de bebês em Minas

A Interpol foi acionada pela Polícia Civil de Minas Gerais para investigar uma suposta rede de tráfico internacional de bebês. A apuração foi desencadeada após a prisão de dois casais e uma mulher, no dia 7 deste mês, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na ocasião, a mãe de um bebê pediu ajuda a uma assistente social do hospital da cidade, após desistir da venda ilegal do filho.

O delegado regional de Contagem, Christiano Xavier, informou que, durante as investigações, foi possível identificar uma rede internacional de comércio ilegal de bebês, envolvendo os Estado Unidos e a Itália. Dentro do país, há participação de suspeitos em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. “Através das redes de WhatsApp e Facebook, os grupos faziam a negociação de valores de ajuda de custo para gestantes, formas de pagamento e a quantia paga no ato da entrega dos bebês. Descobrimos ainda que há um número significativo de oferta e procura”, explica.

A PC de Minas realizou diligências nas comunidades do Rio de Janeiro, onde moram os casais presos em Contagem. Lá foi comprovado que os quatro suspeitos presos queriam adotar o bebê, que seria vendido em Contagem. “Uma das mulheres sofreu um aborto espontâneo há seis meses e estava criando um bebê de plástico como se fosse o filho dela. Comprovamos que as mulheres, de fato, queriam adotar a criança de forma ilegal, mas sem nenhuma intenção de revenda ou algo parecido”, detalha o delegado Christiano.

Os casais seguem presos e podem responder pelo crime de compra e venda de criança, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A mãe da criança pagou fiança e responde o processo em liberdade. Ainda de acordo com a Polícia Civil, a jovem recuperou a guarda do filho e está sendo acompanhada por assistentes sociais e pelo Conselho Tutelar de Contagem.

“Também encaminhamos os documentos a respeito da venda ilegal de bebês para a Polícia Civil do Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul para que as investigações sigam em cada Estado. Em Minas, daremos prosseguimento ao caso até a identificação e prisão dos envolvidos”, reforça do delegado.

Da Redação, com Hojeemdia.com

Postado originalmente por: Portal Sete

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