Apenas 30% dos itens disponibilizados ontem na Ceasa

Greve dos caminhoneiros continua gerando reflexos no abastecimento de produtos em Uberaba. Como toda segunda-feira, ontem foi dia de comercialização na Ceasa, mas foram registradas queda de 70% na oferta de produtos e redução no número de compradores do local.
Nas centrais de abastecimento de todo país a situação não é diferente, pois, devido aos bloqueios, muitos produtores não conseguem chegar aos locais para comercialização. Outros nem mesmo saem das lavouras por falta de combustível. Ontem chegaram à Ceasa de Uberaba apenas 30% da demanda normal no mercado, o que consequentemente pode gerar aumento de preços nos varejões, bem como a falta de produtos nas gôndolas.
Segundo o diretor de Abastecimento, João Carlos Caroni, os produtos que não chegaram não foram precificados, por isso os valores da Ceasa continuam os mesmos, mas, quanto àqueles cuja oferta teve queda, os preços aumentaram, como a batata, que subiu de R$90 a saca para R$170, uma alta significativa. O tomate também subiu, mas neste caso foi por conta do clima, que está mais frio e normalmente a produção cai: preço foi de R$60 para R$80.
Caroni revela que percebeu redução no preço das frutas e, como são produtos que vêm de outros estados, não chegaram para comercialização em Uberaba. “Vamos seguindo da forma que é possível, mas fico preocupado com a próxima comercialização, que será na quinta-feira (31). Mesmo sendo feriado, vamos funcionar. Temo que os comerciantes possam não vir por conta dos bloqueios, bem como a ausência de combustíveis”, diz.
Gás de cozinha também começa a desaparecer do mercado na cidade. Outra preocupação dos uberabenses e comerciantes é quanto à disponibilização de gás, sobretudo o de cozinha. De acordo com o revendedor de gás Abel Ricardo da Silva, a maioria dos estabelecimentos está de portas fechadas devido à ausência do produto. Já não se encontra mais gás de cozinha, e poucas revendedoras ainda possuem o gás industrial. Abel destaca que a expectativa é o fim do movimento, ou pelo menos a liberação dos caminhões que transportam gás, pois a falta pode gerar ainda mais transtornos à população, bem como aos comerciantes, que estão parados, sem vender.

Postado originalmente por: JM Online

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