Número de contratações pelo Sine pode não refletir realidade local

Contratações realizadas por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Uberaba em 2017 registraram leve aumento. Conforme o resultado divulgado pelo Sine Municipal, houve um aumento de apenas 0,61%. Porém, o resultado pode não ser real, pois nem todas as empresas que utilizam do serviço comunicam a contratação.
Em todo o país as contratações realizadas por meio do Sine aumentaram 36,7% em 2017, em relação a 2016. Os números são do Ministério do Trabalho (MTb) e mostram que, em todo o ano passado, 577,2 mil trabalhadores cadastrados no Sine conseguiram emprego, enquanto em 2016 foram 422,4 mil colocados. Já em Uberaba, em 2017 foram 825 contratações, enquanto que em 2016 foram 820 pelo Sine.
“O nosso crescimento de contratação pelo Sine foi pequeno, mas pode ser maior, pois nem todas as empresas que fizeram contratações através do serviço nos respondem com feedback, por isso os números podem não ser reais”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Renato Gomes.
Além disso, é preciso levar em consideração que a realidade de contratações no município vai muito além do Sine. De acordo com José Renato, conforme levantamento realizado há cerca de dois anos, Uberaba é o segundo município mineiro com o maior número de contratações através do serviço, perdendo apenas para Belo Horizonte. Mesmo assim, apenas 3% das contratações do município acontecem através do Sine. A maioria das empresas realiza as transações de forma direta, com os currículos que são deixados pelos trabalhadores.
Segundo José Renato, normalmente quem procura o Sine são empresas novas, que acabaram de chegar ao município e não possuem uma listagem de currículos para contratações. “O Sine oferece uma boa estrutura para empresa fazer as contratações. Contudo, mesmo assim, se fizermos uma avaliação mês a mês, cerca de 97% da mão de obra contratada na cidade não passa pelo Sine, o que acho um erro, pois temos um quadro de currículos, separado por atividade, para oferecer ao empresário. Inclusive estimulamos as empresas a disponibilizarem vaga através do Sine, vamos de porta em porta mostrar o que temos disponível, sem custo. Mas, acho que é uma questão até mesmo cultural”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico.

Postado originalmente por: JM Online

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