Professores da rede estadual param hoje e decidem se entram em greve

Trabalhadores da rede estadual de ensino cruzam os braços hoje em todo o Estado para reivindicar o fim do parcelamento dos salários e do 13º, cumprimento dos acordos assinados em 2015, pagamento do piso salarial e atendimento de qualidade pelo Ipsemg. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), uma nova assembleia será realizada às 14h no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para decidir se a greve será mantida ou não.
De acordo com a entidade, o indicativo de greve foi decidido em assembleia geral realizada em 28 de fevereiro, considerando todas as questões que a educação está sofrendo e a completa ausência de negociação com o governo para reverter o quadro. Segundo o Sind-UTE, desde o fim de 2017, o governo estabeleceu um tratamento diferenciado ao funcionalismo.
O sindicato destaca que mesmo a Educação possuindo recursos próprios, conforme dotação orçamentária anual, pelo segundo ano consecutivo o governo Fernando Pimentel optou por não pagar os reajustes e o 13º salário à categoria em dezembro de 2017, na sua integralidade. Este ano, a categoria foi surpreendida pelo adiamento do ano escolar para economizar no salário dos contratados, nas verbas de transporte e alimentação escolar.
O Sind-UTE informa ainda que a última escala de pagamento de salário dos servidores aprofundou ainda mais o tratamento diferenciado, pois a maior parte da categoria recebeu salário somente após o carnaval. Enquanto isso, os servidores da Segurança Pública receberam a primeira parcela no dia 9 de fevereiro. Além disso, o sindicato destaca que, por ser ano eleitoral, a campanha salarial-educacional precisa ser antecipada.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) foi notificada oficialmente pelo sindicato sobre a convocação para paralisação das atividades da categoria e realização de assembleia. Em relação às reivindicações apresentadas que competem à pasta, a SEE reitera que o governo está empenhado em cumprir o acordo assinado com a categoria em 2015, do qual destaca reajustes salariais de 46,75% na remuneração.
Já em relação ao piso nacional, o governo está impedido de remeter o projeto de lei à Assembleia Legislativa por ter ultrapassado o limite de gasto com pessoal da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Postado originalmente por: JM Online

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