Centenas de veículos participaram de protesto em Uberaba contra o aumento no preço dos combustíveis. A ação aconteceu na manhã de ontem e, além de veículos particulares, contou com o envolvimento de vans escolares, caminhões, mototaxistas, motoristas de aplicativo, entre outros, que reivindicam medidas do governo para redução nos valores.
Conforme contagem feita pela Guarda Municipal, cerca de 200 veículos participaram do protesto, porém a organização estima algo em torno de 500, que movimentaram a principal avenida de Uberaba na manhã desta quinta-feira. A concentração aconteceu na região do estádio Uberabão e de lá o grupo seguiu pela avenida Leopoldino de Oliveira, rumo ao Parque das Acácias. Na dianteira da carreata estavam os caminhões, inclusive alguns que transportam combustíveis, e em seguida os demais veículos.
O protesto interditou toda avenida Leopoldino de Oliveira, no sentido Uberabão-Parque das Acácias, e chamou a atenção da população, mas sem muitos transtornos, até as 9h, quando o grupo chegou ao parque. A movimentação teve apoio da Guarda Municipal e da Polícia Militar.
Lucas Neves é motorista do transporte escolar e, de acordo ele, a profissão está se tornando inviável, pois é difícil repassar os valores de custos para as mensalidades. “Fica caro para os pais e para nós, pois o nosso lucro fica todo no combustível. O protesto aconteceu para chamar a atenção das autoridades, mostrar o nosso apoio aos caminhoneiros”, afirma o motorista. Sobre a possibilidade de realizarem paralisação geral, Lucas e os colegas relataram que esse não é o propósito, não querem gerar transtornos à população, porém, com a falta de combustível, isso pode vir a acontecer.
O motorista de aplicativo Samuel Girão Alves diz que os valores praticados em Uberaba para os preços dos combustíveis são impressionantes. “Estive em São José do Rio Preto, e lá o litro do etanol está em R$2,39; e em Uberaba está sendo vendido a R$3,35. Aqui na cidade mesmo, na semana passada, estávamos pagando um determinado valor, e dias depois os preços aumentaram significativamente, isso não é certo. Precisamos trabalhar e o governo precisa se posicionar, pois estamos trabalhando sem receber”, afirma.
Conforme informações colhidas pela reportagem, existe a possibilidade de outras ações acontecerem, não estão descartadas novas mobilizações para que a realidade mude. Enquanto isso, as ações dos caminhoneiros na região de Uberaba, tanto na BR-050 como na AMG-2555, continuam, sem previsão para terminar.
Postado originalmente por: JM Online
