Remédio para castração química de cães está vencido, avisa ONG

 

Representantes da Organização Não-Governamental (ONG) Abrigo dos Anjos, que cuida de cerca de 600 animais, afirmaram na manhã de ontem que não são contra o programa de controle populacional de animais lançado pela Prefeitura Municipal de Uberaba (PMU) e Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no último sábado (13).

As advogadas Lisângela Villarinho e Veruska Avelar R. Cunha afirmaram que a posição é contrária apenas em relação à castração por meio de aplicação de medicamentos. “É uma castração química, não é farmacológica. Aliás, é um método que não é totalmente eficiente”, reclama Lisângela. A advogada contestou, também, a data de validade dos medicamentos. “Esses medicamentos foram adquiridos em 2017 e não foram usados. Agora, dois anos depois, eles resolvem utilizar esses medicamentos”, queixa-se, ressaltando as dúvidas quanto à data de validade. Segundo as defensoras, a ONG é totalmente contra o método de castração químico, pois a aplicação, diretamente nos testículos dos cães, causa sofrimento aos animais e não tem eficiência completa. “É uma ação dolorosa e que não tem total eficácia”, afirma.

Por fim, entregaram documentos, que foram anexados aos autos do processo que impediu a castração química, como elas mencionam, e farmacológica, como se refere a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A documentação tem posição do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), atestando que “aplicação de produto (infertile) nos testículos provoca intensa dor no animal, que persiste por muitos dias, e que constitui forma de controle populacional ineficaz, sendo somente efetivo quando aplicado em animais jovens (até um ano de idade)”.

Procurada, a PMU não respondeu até o fechamento desta edição.

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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