Em discurso, Lula desafia procuradores e ‘asseclas’ para debate sobre provas

Em discurso, Lula desafia procuradores e ‘asseclas’ para debate sobre provas
Foto :Paulo Pinto

Após muita expectativa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou, neste sábado (7), em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, após a missa em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia. 
Lula cumprimentou os políticos que estavam com ele sobre o carro de som, entre eles pré-candidatos à Presidência da República pelo PCdoB e PSOL, Manuela D'ávila e Guilherme Boulos, respectivamente, e Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, apontado entre os nomes que podem ser indicados pelo PT para concorrer à Presidência da República. Lula dedicou especial atenção à Dilma Rousseff, a quem se disse "eternamente grato". "Possivelmente uma das mais injustiçadas mulheres que ousaram um dia a fazer política nesse País", disse.
 
Lula diz não ser contra a Operação Lava Jato e que aprova que "bandido seja preso". "Tem de pegar bandido e prender", afirmou. Sobre o apartamento tríplex, no litoral de São Paulo, voltou a afirma que não é seu. "Estou sendo processado e tenho dito claramente que sou o único ser humano processado por um apartamento que não é meu. Moro (o juiz Sérgio Moro) mentiu que apartamento era meu", disse.
"Deram a primazia de os bandidos chamar a gente de petralha", afirmou do palanque. Entre os que o acusam, "nenhum deles dorme com a consciência tranquila que eu durmo", continuou. "Eu acredito na Justiça justa." O petista disse que se não fosse assim, teria proposto uma revolução. "Certamente, um ladrão não estaria exigindo prova", disse. "Eu tenho a imprensa me atacando; eles não se dão conta que quanto mais me atacam mais cresce relação com o povo."
 
Lula afirmou ainda não ter medo e disse que gostaria de fazer um debate com Moro sobre a denúncia feita contra ele. "Gostaria que Moro me mostrasse as provas", provocou.
Antes de falar das denúncias, Lula contou histórias sobre sua trajetória no sindicato, lembrando a greve histórica de 1980, interrompendo o discurso, a certa hora, para pedir atendimento a um militante que estava passando mal. O político falou ainda sobre seu governo. "Eu sonhei que era possível governar esse País envolvendo milhões de pessoas pobres na economia", disse. E citou a família. "Antecipação da morte da Marisa (Letícia) foi sacanagem que imprensa e Ministério Público fez contra ela", afirmou.
 

Fonte : Radio Itatiaia

Postado originalmente por: Rádio Muriaé

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