Bloco da Neo leva alegria do carnaval para UTI Neonatal da Santa Casa

O som daquele chorinho estridente típico dos recém-nascidos foi a trilha sonora do Bloco da Neo, que levou a folia para dentro da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal da Santa Casa. As roupinhas, produzidas pela fisioterapeuta do setor, Merilyn Brandel, coloriram de contos de fadas e quadrinhos os leitos dos bebês na manhã desta sexta-feira (1º). Confeccionadas em tecido, as peças e os adereços vestiram de fantasia os 16 bebês internados no local e trouxeram a alegria para as famílias, que aguardam ansiosas o momento de deixar a UTI com seus pequenos nos braços.

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… e o pequeno Fred Flintstone se esbaldou tanto, que precisou tirar um cochilo (Foto: Marcelo Ribeiro)

A alegria do carnaval ultrapassou as barreiras que vemos já na entrada da unidade, onde um cartaz avisa aos visitantes e parentes da proibição da presença de acessórios para evitar contaminações. As peças que entraram para vestir os bebês, no entanto, respeitaram todas as regras de higiene e assepsia, que fazem parte da rotina desses profissionais. A criatividade e a habilidade com os trabalhos manuais fizeram a fisioterapeuta, que já tinha visto outras ações semelhantes, criar os modelos. “Todos nós nos tornamos um pouco artesãos, porque tudo precisa ser bem pequeno, cuidadoso. Então, desperta na gente essa vontade de fazer. Todos entraram no clima, vieram com suas toucas coloridas. Estamos muito felizes.”

Merilyn explica que a intenção do projeto é quebrar a sisudez do espaço, que guarda muitas ansiedades e expectativas, aproveitando a folia de momo para trazer leveza ao dia dos bebês e de seus parentes. “Precisamos favorecer esse vínculo do recém-nascido com a mãe, tornando esse cuidado mais humano. Mostramos que a UTI não é só o aparelho, a medicação e longos períodos de internação. Viramos parte da família desses bebês. Os pais deles confiam em nós. É importante tornar esse momento mais agradável.” Ainda de acordo com ela, é uma oportunidade para oferecer uma vivência mais leve. “Já que as famílias não podem pular o carnaval com as crianças em casa, comemoramos aqui de uma maneira diferente, mas também agradável. Esse tipo de ação mexe com esse lado mais lúdico, já que estamos lidando com bebês. Trouxe a ideia para as pessoas, todas abraçaram e entraram no clima imediatamente”, disse Merilyn.

Maxcilene acalenta o pequeno Pyetro que deve continuar na UTI nos próximos dias (Foto: Marcelo Ribeiro)

Nascido no sábado anterior ao início da folia desse ano, Pyetro Lucca está internado há seis dias. Por ter ingerido líquido ainda dentro da bolsa amniótica da mãe, desenvolveu uma pneumonia, mas se recupera bem. Na UTI ele estava vestido como o Batman, de máscara e tudo. “Ele está terminando de tomar o medicamento, embora ainda não tenha uma previsão de data de alta específica”, contou a mãe dele, Maxcilene da Silva Timota. A brincadeira a deixou sensibilizada.

“Fiquei muito emocionada, até chorei quando eu o vi, me trouxe muita alegria. Foi o melhor carnaval que eu já tive. Não sei explicar o porquê, sei que é uma sensação imensa, algo que eu nunca senti em nenhum outro carnaval”.

Já Eduardo, que nasceu prematuro, aguarda o ganho de peso para sair da unidade.Vestido como o herói Lanterna Verde, era acalentado pela mãe, que olhava para ele cheia de orgulho. “É muito importante, porque ficamos tensos. Vamos para casa e eles permanecem aqui. Não sabemos o que está acontecendo com eles, temos até dificuldade para dormir. Sabemos que estão em ótimas mãos, aqui todos são muito atenciosos, mas, ao mesmo tempo, o queremos em casa, em tempo integral”, relatou a mãe Aleísa Pinheiro.

A professora Elaine Bonsanto teve o primeiro registro fotográfico da filha, Manuela,  feito durante o bloco (foto: Marcelo Ribeiro)

Também nos braços da mãe, Manoela deu vida à princesa Branca de Neve. A pequena foi outra que nasceu prematura, precisou de cuidados e está há um mês na UTI. Assim como Eduardo, precisa ganhar peso para ter alta. A mãe, Elaine Bonsanto, disse que a ação contribui para deixar o cotidiano um pouco diferente. Além do vestido de princesa, a pequena ganhou o registro fotográfico que ainda não tinha. “Isso ajuda a gente a distrair, tirar o foco do problema e alegrar o dia. Nós a vemos sempre na incubadora sem roupa, agora chegamos e vemos com uma roupinha diferente, fica uma gracinha. Vamos levar a fantasia para casa e assim vamos ter a recordação de que primeiro carnaval dela não passou em branco.”

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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