Mudança do Núcleo do Cidadão de Rua volta à discussão na Câmara de JF

Equipamento público, que atualmente funciona no Centro, deve ser transferido para imóvel de três andares na Avenida Brasil, entre os bairros Costa Carvalho e de Lourdes; porém, moradores do entorno são contra (Foto: Fernando Priamo)

A mudança de endereços do Núcleo do Cidadão de Rua e do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) voltou a estar no centro de discussão na Câmara Municipal nesta quarta-feira (29). A audiência pública, convocada pelo vereador e presidente da Comissão de Segurança Carlos Alberto Mello (Casal – PTB), discutiu os possíveis riscos para cerca de 1.300 crianças que, segundo moradores da região Sudeste, serão expostas à violência se houver a transferência do núcleo para um imóvel localizado na Avenida Brasil, entre os bairros Costa Carvalho e de Lourdes, naquela região.

A polêmica acontece porque a unidade, atualmente localizada na esquina das ruas José Calil Ahouagi e Professor Oswaldo Veloso, no Centro, deve ser transferida para o imóvel alugado e de três andares na Zona Sudeste. Anteriormente, o presidente da Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac), João Batista da Silva, revelou já ter assinado um contrato com a imobiliária responsável pela locação do prédio na Avenida Brasil.

 

Em 14 de maio, o assunto foi, inclusive, alvo de protesto. A comunidade estaria temerosa com a possibilidade de aumento da violência. Ainda durante a audiência, foi levado em consideração que o local pretendido para a instalação fica próximo a escolas, que juntas atendem a cerca de 1.360 alunos da educação infantil e ensino fundamental, de 0 a 14 anos, dado que levou à realização da audiência.

Notificação

O Núcleo do Cidadão de Rua e o Centro Pop são ligados à Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) da Prefeitura e executados pela Amac. Ambas afirmam que o atual albergue, que atende adultos que vivem nas ruas, não tem mais condições de abrigar os cerca de cem usuários diários devido a questões estruturais e de segurança, já alvos de ações do Ministério Público. Entretanto, a própria Polícia Militar teme o crescimento de ocorrências na área, cercada por zonas quentes de criminalidade, aliada ao fato de a 135º Companhia contar com a metade do efetivo no Centro, mesmo sendo responsável por garantir o policiamento desde o Vitorino Braga até Sarandira, na Zona Rural.
Estiveram presentes representantes das secretarias de Governo, e de Desenvolvimento Social, além de representantes da Amac, Polícia Militar e moradores dos bairros Poço Rico e Nossa Senhora de Lourdes. Até o fechamento desta edição, a audiência não havia finalizada.

 

Por Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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