Novo diretor de futebol do Atlético, Alexandre Mattos foi apresentado na manhã desta terça-feira na Cidade do Galo. Como medida de prevenção ao coronavírus, a coletiva contou apenas com a presença de funcionários do clube. Jornalistas enviaram perguntas à assessoria do clube, que repassou ao dirigente.
Entre os assuntos abordados por Mattos, está o desejo de deixar o legado de equipe “sempre protagonista” após sua saída. “É isso que eu espero fazer aqui no Atlético, fazer um grande trabalho e o dia que sair daqui ainda deixar um legado que possa ainda ter conquistas de títulos”, destaca.
Ele comentou sobre o trabalho recente do Palmeiras, clube que assumiu após deixar o Cruzeiro como um dos melhores dirigentes do Brasil. “A gente sabe que o que vale é ganhar. No nosso futebol, quando você ganha você é o melhor quando você não ganha não serve para nada. Infelizmente essa é a cultura que a gente tanto cobra do imediatismo, da quebra de projetos, e que se repete”, destaca.
“No Palmeiras tive a felicidade de ganhar dois Campeonatos Brasileiros, uma Copa do Brasil, ser protagonista nos últimos quatro Brasileiros, e está ruim para as pessoas. São coisas que a gente tem que enfrentar no futebol. Trabalhar sempre na pressão de conquistar resultados. A gente aprende muito nos erros”, destaca.
Roger Guedes
Um dos nomes mais ventilados no Atlético é do atacante Roger Guedes, que jogou pelo Atlético no início de 2018 até ser vendido ao futebol chinês. Quando vestiu a camisa alvinegra, foi por empréstimo e pertencia ao Palmeiras, justamente na gestão de Mattos.
O dirigente destacou a boa relação que tem com o jogador, mas disse que a compensação salarial, em função da desvalorização do real frente a outras moedas, é difícil.
“Hoje, da maneira como estamos, com a subida do dólar e do Euro, não está muito difícil. Está muito, muito, muito difícil. Então não tem que se criar expectativa nenhuma. Às vezes o atleta até tem o desejo, mas as possibilidades de buscar jogadores fora do nosso país são muito reduzidas porque nosso dinheiro, infelizmente, tem um valor muito pequeno”, disse sem descartar ou confirmar a vinda do jogador.
Perfil gastador
Mattos também comentou sobre a fama de quem gasta muito. Rótulo que ele criticou. “Aqui no Brasil se rotula muito as coisas. ‘Ah, o Alexandre gasta muito’. Não. É só pegar os clubes que passei, como os clubes estavam quando eu cheguei, sem absolutamente recurso, time, estrutura, e como eu saí. Foi um trabalho enorme, não só meu”, destaca.
Ele também comentou sobre a relação dos clubes com investidores. Experiência que ele já havia presenciado no Palmeiras com a Crefisa e agora volta a vivenciar no Atlético, que tem aporte da MRV Engenharia e do Banco BMG.
“Se você tem a condição de contratar um atleta e pagar valor x, você pode fazer. Temos que montar e fazer uma gestão do departamento de futebol com aquilo que você tem de recurso. O patrocinador, o investidor, sem dúvida nenhuma auxilia bastante”, destaca.
Maluf
Mattos disse que Eduardo Maluf é uma de suas maiores inspirações. “O Maluf conseguiu na minha humilde opinião ser o melhor diretor executivo profissional do Cruzeiro e do Atlético,. Ele conseguiu essa façanha. Não vou ter a ousadia de dizer que eu quero me aproximar ou chegar perto porque não vou conseguir, por tudo o que ele representou. Me espelho muito nele”.
(Itatiaia BH)
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