Álvaro Dias compara segurança pública à guerra e cobra investimentos no setor

O pré-candidato à República ressaltou que as mortes por violência têm um impacto direto na economia nacional 

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(Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Pré-candidato à presidência da República, o senador Álvaro Dias (PODE-PR) comentou, em entrevista, a atual situação da segurança pública no país e a classificou como resultado de “incompetência administrativa e corrupção”. Além disso, o líder do Podemos no Senado apresentou suas propostas para a área.

O senador comparou a atual situação de violência no Brasil com os conflitos da guerra do Vietnã, que é considerado um dos conflitos mais sangrentos da história. De acordo com Álvaro Dias, de 2006 a 2016, 324 mil jovens de 14 a 25 foram sepultados no Brasil. O número, segundo ele, é sete vezes maior que o número de soldados mortos na guerra que durou 30 anos, entre as décadas de 50 e 70.

Álvaro Dias ressaltou que o auto índice de óbitos causa impacto na economia. “A avaliação é de que o país perde o seu PIB reduzido em aproximadamente R$ 452 bilhões em razão dessas perdas. Isso demonstra a gravidade, se nós olharmos essas mortes, esses assassinatos, vamos verificar que mais de 80% desses crimes tem origem nas drogas”, comentou enfatizando ainda uma de suas propostas de combate a produção e ao consumo de substâncias ilícitas.

Lançado há alguns anos, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras Terrestres (Sisfron) foi alvo de críticas do senador. O projeto está parado. De acordo com Álvaro, são necessários R$ 13 bilhões para dar seguimento a iniciativa que tem o objetivo de fortalecer a presença do Estado na faixa de fronteira terrestre, além de aumentar a capacidade do exército em monitorar áreas de segurança para a Defesa Nacional. Para ele, “nós temos que verificar 17 mil quilômetros de fronteiras abertas e desprotegidas proporcionando a entrada de drogas, o contrabando de armas, o nosso sistema de inteligência não a monitoramento”.

Ele enfatizou ainda que a segurança pública fica a mercê de representantes ineficazes. “A autoridade afrouxou, e quando a autoridade construída não se impõe a marginalidade se sobrepõe e aumenta a violência. É uma questão portanto de financiamento, planejamento e indução. Indução para as políticas públicas que realmente são competentes e podem dar resultado”, disse.

Investir no policiamento 

Álvaro criticou a maneira como os investimentos são feitos para a capacitação dos agentes policiais. “Quando a autoridade construída não se impõe, os marginais se consideram mais poderosos que as autoridades constituídas e é preciso recursos. Nada se faz sem dinheiro”.

De acordo com ele, é necessário realizar uma reforma no sistema que une as forças pertencentes à segurança pública. “Nós temos que promover a reforma do estado que eu chamo de refundação da República, para que recursos existam a fim de aparelhar a polícia e estabelecer a conjugação de esforços entre todas elas, a Polícia Civil, Militar, Federal, Exército Brasileiro nas áreas de fronteira”.

Catástrofe do sistema prisional 

O pré-candidato também criticou o sistema prisional brasileiro, que ele classificou como “uma catástrofe”. De acordo com ele, a falta de recursos é um agravante para a atual situação dos presídios. O senador voltou a dizer que “é preciso reformar o Estado para que os recursos sejam direcionados para os setores essenciais”.

G.R

 

 

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