Candidatura de Lacerda deve ser definida na quinta-feira (16)

Apesar da situação indefinida, o político tem organizado sua agenda de compromissos como um candidato ao governo


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(Foto: Reprodução)

A candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda ao governo de Minas segue indefinida até a próxima quinta-feira (16), quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar a validade da convenção partidária realizada pela comitiva estadual do PSB. A decisão deveria ser julgada pelo tribunal eleitoral de instância máxima nesta segunda-feira (13). No entanto, o ministro Napoleão Nunes Maia pediu para que o prazo seja adiado por ainda estar avaliando o caso.

O encontro partidário realizado pela comitiva de Minas do PSB confirmou o nome de Lacerda como postulante ao Palácio da Liberdade foi realizada no dia 4 deste mês. Entretanto, o diretório nacional do partido disse não fazer planos para o cargo chefe do executivo estadual em Minas, após ter realizado um acordo com o PT. A validade desta união entre o partido petista e o socialista é criticada por Lacerda, que se vê vítima de golpe.

Apesar da situação indefinida, Márcio Lacerda tem organizado sua agenda de compromissos como um candidato ao governo. O político  reservou a tarde desta segunda-feira para realizar a gravação de propaganda eleitoral para rádio e televisão.

Já no último final de semana,  Lacerda se dedicou à conclusão do Programa de Governo, que será entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) junto ao registro de sua candidatura. O prazo para registro vai até esta quarta-feira (15). Caso possa concorrer,  o ex-prefeito da capital encabeçaria a coligação Minas Tem Jeito, que une os partidos PSB, MDB, PDT, PROS, PRB, PV e Podemos.

De acordo com o divulgado pela assessoria do candidato, “o documento será uma compilação que reunirá contribuições de diversos especialistas em áreas diversas das políticas públicas, além de um diagnóstico da situação econômica e fiscal de Minas Gerais”. Constará ainda “um conjunto de ideias e repostas recolhidas nos últimos 14 meses, durante viagens por todo o estado”.

Lacerda destacou que segue como candidato e ressaltou seus planos de governo. “Estou seguro de que apresentaremos o melhor Programa de Governo para todos os mineiros. Nosso estado enfrenta hoje a pior crise da nossa história, e somente com a participação das pessoas poderemos mudar essa situação. Por isso considero tão importante essa peregrinação de aprendizado que tenho feito por toda Minas Gerais. Nosso Programa de Governo irá refletir esse desejo do povo mineiro por mudança com responsabilidade, planejamento, transparência e eficiência na Gestão Pública”, disse.

Entenda o caso

Após a direção nacional do PSB realizar uma acordo com o PT, o presidente da legenda, Carlos Siqueira, exigiu que Lacerda abrisse mão de sua candidatura. Em troca, uma vaga no Senado pela chapa petista foi proposta ao ex-prefeito de Belo Horizonte. O cancelamento de Lacerda foi pedido em prol da reeleição do petista Fernando Pimentel.

Houve uma divisão de opiniões entre os representantes estaduais do PSB que continuaram apoiando Lacerda. Carlos Siqueira chegou a pedir a troca dos representantes do partido em Minas Gerais.

No entanto, o grupo ligado a Lacerda, em discordância à direção nacional, realizou uma convenção partidária no dia 4 de agosto, em que foi aprovada a indicação dele ao governo. Entretanto, um dia depois, a direção nacional anulou a deliberação do partido em Minas.

O caso então foi para a Justiça, onde uma liminar do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TSE/MG) mantém o político na disputa.

Já no início da semana passada, o presidente do PSB emitiu uma nota de esclarecimento em que reafirmou que a candidatura de Lacerda ao Palácio da Liberdade em outubro pelo partido está descartada.

Lideranças fazem abaixo-assinado por candidatura

Lideranças mineiras e apoiadores de Lacerda lançaram no último sábado (11), um abaixo-assinado on-line em prol da sua candidatura ao governo de Minas. Conforme o divulgado, eles dizem ser contrários à atitude do PSB nacional de destituir a direção estadual do partido e solicitam a revogação da medida.

Foi defendido ainda pelos apoiadores o empenho de Lacerda em conquistar eleitores. Segundo o documento, ele estava em campanha há mais de um ano e chegou a visitar mais de 200 municípios.

G.R

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