Claudiney Dulim relembra escolhas de apoio a Pacheco e Lacerda ao governo de Minas

As duas primeiras intenções de apoio, no entanto, não avançaram. Pacheco decidiu disputar o Senado na chapa de Anastasia e Lacerda se viu obrigado a retirar sua candidatura, após desentendimentos entre as bases nacionais e estaduais do PSB, partido que era filiado


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(Foto: Reprodução/ Youtube)

Candidato ao governo de Minas pelo Avante, Claudiney Dulim participou nessa quarta-feira (19) do debate com os candidatos ao Executivo estadual, promovido pela Tv Federaminas, da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais.

Dulim iniciou a entrevista relatando que a escolha inicial da legenda era apoiar Rodrigo Pacheco (DEM). No entanto, o político, que era pré candidato ao governo de Minas na época, optou por se coligar com a chapa de Antonio Anastasia (PSDB) e disputar uma vaga ao Senado. A escolha de Pacheco desagradou Dulim, que classificou a medida como “atrasada, antidemocrática e velha política”.

A segunda escolha do Avante, então, foi o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, que era filiado ao PSB. No entanto, um desentendimento entre os diretórios estaduais e nacionais do partido o obrigaram a desistir da candidatura, uma vez que a decisão final seria tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A legenda, então, procurando a melhor escolha para os mineiros, optou por lançar um candidato próprio. Dulim reconheceu que não tem experiência como candidato a uma eleição, mas lembrou sua trajetória como ouvidor na Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG) e como secretário adjunto das regionais de Venda Nova e Barreiro, na prefeitura de Belo Horizonte. “A minha candidatura veio por uma indicação do partido, e eu aceitei este desafio. E estou participando desse processo com muita alegria e ouvindo as pessoas, dialogando com os seguimentos, os mais variados possíveis. Estamos aí, construíndo e aprimorando nossos planos de governo”, disse.

O candidato atacou a recente divisão do país entre pensamentos de ideologias políticas e relembrou que foi um ponto prejudicial para o estado, já que as principais legendas PT e PSDB, que se alternaram no governo nas últimas quatro gestões, geraram uma divisão na sociedade. “Nós entendemos que há uma polarização no país. Essa discussão entre direita e esquerda, essa radicalização de discursos, que fizeram muito mal a Minas nesses últimos 16 anos, porque PT e PSDB se rivalizaram no governo o tempo todo”, alegou.

Dulim afirmou que, caso seja eleito, irá realizar uma profunda auditoria das contas do estado. Ele também disse que espera fazer um levantamento patrimonial do estado de Minas Gerais. “O estado tem patrimônio que ele não sabe que tem e mantém o custeio. O estado está sendo um péssimo gestor patrimonial. Se não há o levantamento patrimonial, você não sabe o que o estado tem”, disse Dulim, destacando que, desta forma, espera mensurar o que o estado pode dar como garantia para eventuais empréstimos e descobrir o que pode ser vendido.

Cidade Administrativa

A Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, foi alvo de críticas pelo candidato que alegou que o local pode se tornar um polo, inclusive, da iniciativa privada. “Nós temos que entender que se a Cidade Administrativa for tão anti-funcional como nos parece ser, vamos ter que dar outra destinação. E que destinação seria essa? Nós vamos discutir com quem entende de tecnologia, com iniciativa privada. Lá é um grande polo tecnológico.”

“Nós estamos sufocando as empresas” 

O candidato alegou que várias empresas estão saindo de Minas Gerais porque o estado não tem um conjunto burocrático atrativo. Ele disse que é necessário fazer uma reforma de tributação não apenas no estado mineiro, mas em todo o país. “Nós estamos sufocando o comércio. Nós estamos sufocando as indústrias. Como nós vamos consertar isso? Com inovação, com criatividade. Nós vamos agregar valor aos nossos produtos. Nós não podemos ficar na mão do mercado internacional”, disse.

Para exemplificar a importância de se investir nas empresas, Dulim usou como exemplo a Alemanha, que é considerada a maior comerciante de café no mundo. O Brasil, por sua vez, é o maior exportador. O candidato criticou essa disparidade e disse que se é necessário investir em tecnologia para fazer do Brasil também um grande vendedor, com representatividade no mercado internacional.

Confira a entrevista completa do candidato:

https://www.youtube.com/watch?v=Z7bYHwb3dJY

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