Confederação dos Municípios prepara estudo sobre riscos de barragens brasileiras

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) prepara um novo estudo sobre os riscos das barragens nas cidades brasileiras. Dados preliminares, baseados em estatísticas da Agência Nacional das Águas, chamam a atenção para o número de barragens sem classificação de risco.


Na Amazônia Legal, essa situação é ainda mais preocupante nas barragens de Mato Grosso e do Pará. Em Mato Grosso, 213 das 324 barragens registradas ainda não possuem avaliação de potencial risco de rompimento ou danos associados. No Pará, 120 das 263 barragens catalogadas estão na mesma situação.

Jonhny Liberato, técnico de Defesa Civil da Confederação Nacional dos Municípios, incentiva que os prefeitos criem mecanismo de monitoramento e cobrem constante fiscalização das instâncias federais e estaduais.

Sonora: “O Brasil ainda não é um país que trabalha com prevenção de forma adequada, ele primeiro espera acontecer o desastre para depois tomar as devidas providências. A gente verifica que as autoridades federais e estaduais estão tomando as devidas providências, que já deveriam ter tomado como lição do desastre de Mariana.”

O levantamento da Confederação Nacional dos Municípios mostra que estados como Rondônia e Amazonas possuem um maior percentual de barragens destinadas a hidrelétricas. Já no Acre chamam a atenção as barragens destinadas à aquicultura. Só no município de Bujari são 29 com essa destinação. Nesse caso, os riscos de um eventual rompimento para o meio ambiente ainda são pouco conhecidos, mas são considerados menores do que as barragens de mineração.

Por Rádio EBC

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