O ex-governador era pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul e liderava as intenções de voto. Ele está preso desde julho por acusações de lavagem de dinheiro e corrupção
O ministro-chefe da Secretária de Governo, Carlos Marun, criticou a prisão do ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli (MDB). Para ele, a pena se trata de uma decisão equivocada do poder Judiciário e beneficiaria outro candidato, o ex-juiz federal Odilon de Oliveira (PDT). A declaração foi feita em entrevista ao jornal “RCN Notícias”, da TVC HD.
Pucinelli era pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul e liderava as intenções de voto. Acusado de lavagem de dinheiro e corrupção, ele está preso desde 20 de julho, no Centro de Triagem, da Polícia Federal de Campo Grande. O seu filho, André Puccinelli, e seu advogado, João Paulo Calves, também estão detidos sob as mesmas acusações.
Marun considera que a liminar que autorizou a prisão de Puccinelli é uma “interferência indevida no pleito”. Para ele, “A eleição em Mato Grosso do Sul encontra-se chamuscada. Quem iria ganhar a eleição não é candidato, por uma decisão preventiva, baseada em que ele (Puccinelli) teria escondido documentos, e estaria ocupando provas”. No entanto, “há um ano estão com esses documentos, mas até hoje não disseram o que o Puccinelli queria esconder”.
O ministro alega que, quando o mérito do processo do ex-governador for analisado, ele será solto. “Mesmo não tendo encontrado nada, colocaram na cadeia, dividindo cela com mais de 21 pessoas”, disse elogiando ainda o tempo em que ele esteve à frente do chefe do Executivo estadual. “Um homem como Puccinelli que fez por Mato Grosso do Sul o que ninguém fez”, comentou.
Lula não é exemplo
Condenado em segunda instância, a comparação do ex-governador com o ex-presidente Lula (PT) foi rechaçada por Marun. “Puccinelli quando foi preso nem denunciado tinha sido. Isso nos revolta”, frisou.
Ele destacou ainda que o MDB cogitou lançar Puccinelli mesmo preso. No entanto, para evitar comparações a Lula, desistiu da ideia. O candidato escolhido como substituto foi o presidente da Assembleia Legislativa, Júnior Mochi.
G.R