Especialista alerta para o aumento de casos de dengue, chikugunya e zika vírus no verão

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É preciso ficar atento aos sintomas das três principais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti para que seja possível buscar atendimento médico o mais rápido possível

A atenção deve ser redobrada nessa época do ano em relação aos cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. É no verão que o mosquito responsável pela transmissão da dengue, chikugunya e zika vírus se reproduz com mais facilidade. Esse alerta é feito pela infectologista Carmelinda Lobato, que apontou os cuidados que todos devem adotar, diariamente.

Segundo a infectologista, é preciso ficar atento aos sintomas das três principais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti para que seja possível buscar atendimento médico o mais rápido possível. “Os sintomas são bastante semelhantes, as três doenças podem provocar febre nas pessoas, que pode durar entre sete e dez dias. No caso do zika vírus, a febre é mais baixa, diferente da dengue, que é mais intensa”, afirma.

Carmelinda Lobato ainda acrescenta outros sintomas marcantes de cada uma das doenças. “A pessoa que tem zika vírus pode notar o aparecimento de manchas pelo corpo, que causam muita coceira. No caso do chikugunya, são dores articulares, além de inchaço. Já quem tem dengue passa a sentir dor no corpo, na cabeça e nos músculos. Então, são muito parecidas, mas essas alterações são o que diferem uma da outra”, explica.

De acordo com a especialista, caso a doença não seja tratada, os sintomas podem se agravar ao longo do tempo, causando limitações na vida do infectado. “Quando a pessoa está naquela fase aguda da chikugunya, os sintomas podem persistir entre 10 e 12 dias, porém as dores nas articulações podem persistir até se tornar crônica e, infelizmente, é o que muitas pessoas estão enfrentando. Muitas não conseguem nem fechar a mão de tanta dor, tendo dificuldade até para trabalhar”, conta.

Medicamento

Conforme Carmelinda, não existe um medicamento específico contra essas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. “A gente fala que trata essas doenças como sintomáticas, fazendo uso da dipirona ou outro analgésico, lembrando que não se pode fazer o uso de anti-inflamatório, como, por exemplo, diclofenaco ou ibuprofeno, porque podem provocar algum tipo de sangramento. É importante, também, as pessoas nunca se automedicarem e sempre beberem muita água no caso de suspeita de estarem infectados”, destaca.

Vacina

Em relação à dengue, a infectologista informa que já existe uma vacina que está disponibilizada no mercado para essa doença, porém, não é indicada para todas as idades, o que está gerando certa polêmica. “Como a indicação é só até 49 anos de idade, não pegaria os grupos de risco da dengue. Mesmo assim, é um grande ganho a vacina, mas ela precisa ser tomada com avaliação médica e deveria ser disponibilizada em apenas clinicas particulares”, ressalta.

Prevenção

Carmelinda Lobato também destacou algumas medidas de prevenção que a população pode adotar diariamente para contribuir no combate contra o mosquito Aedes aegypti. “Verificar se não tem água parada dentro de casa. As calhas devem estar sempre limpas. As caixas d’água precisam ser tampadas adequadamente. A vasilha de água dos animais deve ser trocada com frequência. Então, não podemos esquecer que a prevenção é a melhor solução”, conclui.


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