Com novos reajustes no preço dos combustíveis realizados pela Petrobras na segunda-feira (5), condutores do Vale do Aço podem encontrar nas bombas valores de aproximadamente R$ 4,60 pelo litro da gasolina comum. Este preço foi encontrado nas redes mais caras, contudo o valor médio do diesel está em torno de R$ 3,40 e o da gasolina R$ 4,50.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), o último reajuste feito pela Petrobras passou a ser válido na terça-feira (6). Com a alteração, o valor do litro do diesel A passa a custar, em média, R$ 1,7500 e a gasolina A, em média nas refinarias, R$ 1,5842.
O preço da gasolina no Vale do Aço também está acima da média registrada no estado de Minas Gerais. Segundo a pesquisa realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio no estado encerrou no mês de fevereiro em R$ 4,44.
Além do transporte, despesas com funcionários e o lucro do posto, no preço final dos combustíveis também estão incluídos os altos impostos. Segundo o Minaspetro, a carga tributária em Minas Gerais tem sido um dos principais motivos do encarecimento dos derivados de petróleo.
O Governo de Minas Gerais onerou ainda mais os postos e, consequentemente, a população do estado. Desde o 1º de janeiro de 2018, por meio da lei 22.549/17, estão em vigor as novas alíquotas do ICMS cobrado sobre a gasolina e etanol hidratado; na data, o derivado de petróleo passou de 29% para 31% de tributação de ICMS, e o álcool de 14% para 16%, informa a nota do Minaspetro.
No momento, o etanol não é a opção mais viável para abastecer. Segundo especialistas, para compensar a troca da gasolina pelo etanol, o preço do biocombustível deve ser no máximo 70% o valor do derivado de petróleo. A média encontrada nos postos da região chega ao patamar de 73%.