O gerente regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EmaterMG), Fernando César Pereira, descartou a transferência da unidade de Ipatinga para Caratinga, conforme chegou a ser cogitada nessa semana.
Em entrevista ao Diário do Aço, o gerente regional, explicou que foi realizada uma reunião entre os representantes da Emater de Ipatinga e de Belo Horizonte na terça-feira junto com o Executivo de Ipatinga para discutir o problema. Nesse encontro ficou decidido que não terá essa transferência, como muitos têm falado nesses últimos dias. Todos demonstraram interesse em manter do jeito que está. Conseguimos negociar a dívida entre a Emater e Prefeitura de Ipatinga, que está pendente desde 2015. Além disso, também concordarmos em aguardar a renovação do convênio, vencido desde julho de 2017, afirma.
Fernando César explicou que essa ideia de transferir a Emater surgiu devido à falta do convênio e por causa da dívida do município, além do interesse de Caratinga em sediar a unidade regional. Dessa forma, começou a se especular sobre essa transferência. Mas isso é algo que já está resolvido e acabamos com essa hipótese. A Emater é muito importante aqui em Ipatinga e não podemos deixar isso acontecer, esclarece.
História
A Emater funciona há 30 anos em Ipatinga e, há 21 anos, a cidade conta com uma Unidade Regional, que atende a 23 municípios. Existem 32 agências regionais distribuídas entre os 790 municípios assistidos pela autarquia no Estado, sendo que não há qualquer precedente de transferência de localização.
Em Ipatinga, a Unidade Regional conta com o trabalho de nove pessoas: um gerente, três coordenadores técnicos, dois funcionários administrativos, dois estagiários e um funcionário de serviços gerais. Além de muitos prejuízos técnico-operacionais ao Vale do Aço, uma eventual transferência dessa estrutura funcional para outro município também ocasionaria uma série de problemas econômico-sociais.
Entre outras ações, a Regional da Emater teve importante papel na criação da Área de Proteção Ambiental (APA) Ipanema e da Associação Regional de Apicultores e Exportadores do Vale do Aço (Aapivale), que chegou a vender ao exterior mais de 40 toneladas de mel. Ainda, apoia produtores de palmito pupunha, atua na proteção de nascentes e correções de solo, orientação para instalação de fossas sépticas e treinamento para incremento do turismo rural.