Gestão de riscos de ergonomia aumenta produtividade industrial em BH

Uma solução inovadora que mistura gestão de riscos em ergonomia com o eSocial promete aumentar em até 20% a produtividade das empresas. A ideia é entender melhor os problemas de saúde e segurança do trabalho, com um olhar mais amplo para o trabalhador, e conseguir reduzir os índices de afastamentos por doenças ou acidentes do trabalho.

Um dos esforços nesse sentido sai de Minas Gerais, mais precisamente do Centro de Inovação SESI de Ergonomia, que fica em Belo Horizonte. Apenas no ano passado foram desenvolvidas três soluções inovadoras para melhorar o entendimento da ergonomia dentro das empresas, proporcionar mais competitividade para as indústrias e, mais do que isso, aumentar a produtividade dos trabalhadores sem colocar em risco a saúde e segurança deles no serviço.

Uma das soluções colocadas em prática é o Sistema de Gestão em Ergonomia. Técnicos e especialistas têm estudado a saúde do trabalhador na interação com o trabalho, com maior ou menor esforço físico ou cognitivo, sem discriminação de segmento ou tipo de profissão, como explica a gerente do Centro de Inovação de Ergonomia de Belo Horizonte, Carla Sirqueira.

“Algumas pessoas pensam que ergonomia, ao falar nesse primeiro momento, lembram logo em cadeira e mesa. E o Centro, hoje, estuda e traz soluções com outro viés. Também trabalha o esforço e a relação desse físico, mas mais focado no aspecto do desempenho humano em prol da produtividade da indústria, como que interage esses dois aspectos, como interage esse trabalhador dentro desse processo produtivo, para que consiga aumentar a competitividade da indústria, aumentar sua produtividade, sem ter nenhum ônus relacionado a sua saúde e segurança no trabalho.”

As doenças do sistema osteomuscular são responsáveis por 34% dos afastamentos do trabalho por mais de 15 dias no Brasil. Elas perdem apenas para as lesões e traumatismos. Os dados são do Ministério da Previdência Social. A gerente do Centro de Inovação de Ergonomia de Belo Horizonte, Carla Sirqueira, chama atenção para o entendimento da ergonomia como um todo, para que as decisões sejam mais assertivas.

“A gente mostra para a empresa que o risco ergonômico está alto em função, têm correlação com o aumento da produtividade nesse período, correlacionando aí esforço com alguns números de acidente, que está aumentando número de insatisfação do trabalhador, isso está impactando, por exemplo, na produtividade, na qualidade do seu produto, então a gente trabalha com a ergonomia dentro da empresa, mas ela interligada a todos os sistemas de todos os indicadores que ela já usa, como qualidade, saúde e segurança.”

Anualmente, mais de 4 milhões de pessoas são beneficiadas com programas de segurança e saúde no trabalho e 2 milhões de pessoas participam de ações de promoção da saúde ofertadas pelo SESI em todo o Brasil. Ao todo, são 50 mil indústrias atendidas pela instituição.

Reportagem, Camila Costa

V.V

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar