Governo pede apuração de prática de cartel pelos postos de combustíveis

O Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, vai reforçar a fiscalização sobre os postos de combustíveis em todo o país. O objetivo é evitar a formação de cartel – quando comerciantes combinam preços.

O pedido para investigar os postos foi feito nessa quinta-feira, pelo ministro da secretaria Geral da Presidência da República, Wellington Moreira Franco.

No dia 3 de julho do ano passado, a Petrobras adotou uma nova política na formação de preços de combustíveis. Um dos objetivos era exatamente aumentar a concorrência.

O assistente social Márcio de Oliveira dos Santos, do Rio de Janeiro, também cobra que quando o preço cair para o comerciante, o combustível fique mais barato para os motoristas.

Consumidores do Rio de Janeiro e de Brasília ouvidos pela reportagem afirmam que postos de uma mesma região praticam preços parecidos, em vez de concorrer. A saída é procurar gasolina mais barata longe de casa. A aposentada Selma Campos, de São Pedro da Aldeia, no litoral do Rio de Janeiro, vai até a cidade vizinha para abastecer.

Em 2016, o Cade chegou a fazer uma intervenção em postos de combustíveis do Distrito Federal. Na época, a rede Cascol foi multada em mais de  R$ 90 milhões e teve de vender alguns postos. Para o empresário Renato Santana, a operação deveria levada a outros lugares.

Já a psicóloga Aline Ferreira avaliou que os preços voltaram a ser combinados pelos comerciantes na capital do país.

Nos últimos cinco anos, o Cade investigou e julgou 17 casos de concorrência ilícita, somente no setor de combustíveis. Atualmente, outras oito investigações em andamento.

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