A Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio do departamento de Proteção Social Especial, apresentou na manhã desta terça-feira (8), ao prefeito interino Nardyello Rocha, um panorama da situação de violência vivenciada atualmente em Ipatinga com envolvimento de crianças, idosos, deficientes, adolescentes em conflito com a lei e moradores de rua.
O encontro ocorreu no Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS), no Centro, com a presença do secretário José Osmir de Castro. Na ocasião, foi contextualizado o número de atendimentos no equipamento público e no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua – o Centro Pop.
Conforme a diretora do Departamento de Proteção Social Especial, Cláudia Castro, o município atende hoje 177 casos de violência, incluindo seus familiares. Nós temos ainda o programa de medida socioeducativa em meio aberto, onde atendemos 70 adolescentes que estão em conflito com a lei. Também, o Centro POP, que hoje atende por dia uma média de quase 60 moradores de rua, revelou.
Ainda conforme explicou Cláudia, os serviços prestados no Centro POP não se resumem a higiene pessoal, e acolhida àquelas pessoas que se encontram em situação de rua. Também são ofertados serviços como providências para documentação, contato com familiares, além de serviços prestados ao imigrante. Por essas ações, posso afirmar que por mês são atendidas cerca de 300 pessoas no Centro POP. Nós fazemos um planejamento individual com cada morador de rua, com o objetivo de retirá-los desta situação de vulnerabilidade. Claro que respeitando o desejo e a individualidade de cada um. É um trabalho complexo, mas nunca deixamos de acreditar, salienta Cláudia.
Violência
Segundo a diretora do Departamento de Proteção Social Especial a partir de dados estatísticos atuais recolhidos com a Policia Militar, somente no período de janeiro até abril de 2018 Ipatinga registrou aproximadamente 500 boletins de ocorrência para a Lei Maria da Penha, o que mostra que a violência no município só vem aumentando nessa questão das relações familiares.
A violência está por todo lado. Hoje nós temos uma cidade que tem um alto índice de violência contra a mulher, contra a criança e o adolescente, idosos, deficientes, uma cidade que tem uma população de rua de aproximadamente 200 pessoas. É claro que a condição econômica do país contribuiu muito para isso, afirmou.
