Mais de 85% da população está imune contra febre amarela

Rovena Rosa/ Agência Brasil

Região do Vale do Aço possui doses suficientes para a vacinação

A epidemia de febre amarela em Minas Gerais e outros estados tem provocado a intensificação da vacinação contra a doença. Dentro dos 35 municípios de responsabilidade da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano, 676.804 de pessoas estão imunes à febre amarela.

A cobertura de vacinação da população residente no Vale do Aço é de pouco mais de 85%, porém a SRS estima que 145.808 cidadãos ainda não receberam as doses. Segundo o órgão, a vacinação é necessária em tosos os municípios da região. “Todos devem estar alertas. Enquanto houver suscetíveis (não vacinados) estamos em risco como mostra a situação epidemiológica do Estado”, afirma o órgão, em nota.

Nos municípios de abrangência da SRS de Fabriciano, ainda não houve nenhum caso notificado de febre amarela em humanos no ano de 2018. De acordo com o boletim do dia 30/1, expedido pela Secretaria de Estado de Saúde, de julho de 2017 até o momento foram confirmados 81 casos em Minas. Desse total, 36 pessoas morreram, enquanto outros 208 casos estão sob análise.

Vacinas disponíveis
Questionada pelo Diário do Aço sobre o volume de vacinas disponível, a SRS destaca que há doses o suficiente para realizar a vacinação dos quase 15% da população que ainda estão desprotegidos. Segundo a unidade, muitos municípios possuem o estoque das vacinas, e outras 22.000 doses foram recebidas para as rotinas de janeiro e fevereiro. A Secretaria de Saúde alerta que as pessoas já imunizadas não precisam recorrer novamente à vacinação.

Macacos encontrados mortos
Em Ipatinga, foram encontradas carcaças de dois macacos, uma no bairro Chácaras Madalena e outra nas Granjas Vagalume. A SRS informa ao Diário do Aço que os animais foram encaminhados à Fundação Ezequiel Dias, responsável dos exames laboratoriais, e que ainda não foi confirmada a suspeição de febre amarela.

A SRS reitera que a doença não é transmitida pelos primatas e que matar ou praticar maus-tratos contra eles é crime. “O macaco é um animal silvestre e, conforme o Artigo 32 do Código Penal Brasileiro, praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, é crime passível de detenção de três meses a um ano e multa.

O desconhecimento quanto ao modo de transmissão da febre amarela e o fato destes animais, quando doentes, mudarem o seu comportamento, podem contribuir para a prática desse tipo de violência.
“Quem avistar um macaco com comportamento estranho, supostamente doente ou morto, deve comunicar imediatamente ao serviço de vigilância em saúde do município, para que pessoas qualificadas façam o manejo e procedimentos adequados”, informa a SRS.


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