Manifestação de caminhoneiros é mantida pelo nono dia

Reprodução de vídeo

Carreata começou no bairro Veneza e foi para o bairro Horto, em Ipatinga, para apoiar os caminhoneiros

Os caminhoneiros chegaram ao nono dia de greve e os ânimos estão mais acirrados. Agora, além de discordar do anúncio do governo para a redução do preço do diesel e cobranças nos pedágios para eixos suspensos, também pedem a queda do governo e o golpe militar. Para manter a greve, também querem a parada – voluntária – de caminhões com alimentos e combustíveis.

Alguns pedem em áudios distribuídos pelas redes sociais que postos de combustíveis sejam cercados e que não se permitam à população reabastecer veículos. Eles citam que devem ser abastecidos apenas carros da polícia, do Corpo de Bombeiros, SAMU e outros serviços emergenciais.

Em um áudio que circula pelas redes sociais, na manhã dessa terça-feira, um caminhoneiro que está parado no bairro Horto pede que os companheiros se mantenham firmes na luta e insiste para que os motoristas de caminhões-tanque (barrigas-de-ferro), não aceitem trabalhar.

“Meu nome é Rogério, estou em Ipatinga, são 7h58, de 29 de maio. Temos que acabar com essas barrigas-de-ferro, que estão atrapalhando o movimento. Esses caras têm que sumir, que peguem essas carretas e sumam para o mato, escondam essas carretas, joguem as chaves fora, arrebentem o freio e façam qualquer coisa. Essas carretas de gasolina estão acabando com o movimento. A gasolina hoje é o deus desse século. O povo não está se ferrando com a comida nem nada, o povo está querendo é pela gasolina. Vamos colocar nossa inteligência para funcionar e ver como parar essas carretas barrigas de ferro”, afirmou um dos caminhoneiros.

Acirramento contra imprensa

Jornalistas que fazem cobertura da paralisação dos caminhoneiros mantém-se arredios à cobertura da imprensa. Um grupo não concorda com a divulgação dos efeitos da greve, com a paralisação de serviços públicos, funcionamento de hospitais e escolas e desabastecimento de alimentos.

No entendimento de alguns dos manifestantes, esse tipo de informação coloca a população contra o movimento. Portanto, jornalistas que aparecem nos locais da manifestação não tem sido recebidos com muita simpatia por alguns.

A repórter Gizelle Ferreira, da Rádio Itatiaia Vale postou em sua pagina pessoal, em uma rede, que enfrentou uma situação difícil com os caminhoneiros. Ela chegou devidamente identificada para fazer entrevistas e, como fizeram com outros jornalistas, inclusive do Diário do Aço, queriam saber se a profissional era da Rede Globo.

Mesmo informados que não, fizeram uma série de acusações contra a repórter e somente então toparam gravar entrevistas.


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