Medo do desemprego cresceu em dezembro no país, segundo CNI

Mulheres e pessoas com menor escolaridade são os mais preocupados

O medo do desemprego voltou a subir em dezembro entre os brasileiros. É o que aponta uma pesquisa da CNI, a Confederação Nacional da Indústria, divulgada nesta quinta-feira.

Entre os mais preocupados estão mulheres, jovens entre 16 e 24 anos, profissionais com baixa escolaridade e moradores de periferia.

O Índice Geral do Medo do Desemprego ficou em 57,1 pontos, acima da média histórica de 50,2 pontos.

Na avaliação do gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca, esse temor acompanha a crise que enfrenta a economia brasileira.

A taxa de desemprego no Brasil chegou a 14,6% no terceiro trimestre do ano passado, o que corresponde a 14 milhões de pessoas, segundo o último estudo divulgado pelo IBGE.

A pesquisa da CNI também mostra que as mulheres têm um medo muito maior do que os homens de perder o emprego. Para o sexo feminino, o indicador chegou a 64,2 pontos, enquanto para o masculino, 49,4.

Agora, levando em conta o grau de instrução dos entrevistados, o perfil que apresentou nível maior de medo de ficar desempregado é o de pessoas com grau de instrução inferior ao ensino médio, chegando a 59,2 para aqueles que não concluíram o nono ano do ensino fundamental.

Outro índice medido pela CNI é o de Satisfação com a Vida. Esse marcou 70,2 pontos em dezembro de 2020, ficando acima da sua média histórica, de 69,6.

A Confederação avalia que essa sensação de melhora na satisfação com a vida pode estar relacionada tanto à expectativa da chegada da vacina contra a Covid-19, como ao auxílio emergencial, que deu mais segurança econômica às famílias de baixa renda, já que o aumento nesse índice foi maior entre os entrevistados com renda familiar de até dois salários mínimos.

*As informações são da Radioagência Nacional

Pesquisar