Em entrevista na capital mineira, o ex-presidente do Banco Central disse que vai crescer nas pesquisas à medida em que seu currículo for divulgado nas propagandas eleitorais
Henrique Meirelles, candidato à presidência da República pelo MDB, afirmou que está confiante em sua ida para o segundo turno das eleições e que não trata como possibilidade, no momento, o apoio a outro concorrente. O candidato, que esteve em Belo Horizonte nessa terça-feira (18), concedeu entrevista à rádio Itatiaia, onde, além de ressaltar sua confiança, disse ainda que há tempo para que os eleitores posam saber mais da sua história.
“Este ano, a campanha eleitoral é uma campanha curta, conforme foi definido pela lei. O primeiro programa para presidente da República no programa eleitoral foi no dia 1 de setembro, e ela está muito no início ainda. Nós ainda temos quase 3 semanas de campanha. É muito tempo levando em conta exatamente que a campanha é muito curta. E as vezes a gente se confunde com as eleições anteriores, que quando chegava nessa época, nós já tínhamos muito tempo de propaganda eleitoral. Em consequência, os candidatos já estavam mais conhecidos, todos”, disse.
O ex-presidente do Banco Central acredita que vai crescer nas pesquisas à medida em que seu currículo for divulgado nas propagandas eleitorais.
“Uma vez que o eleitor conheça meu histórico, conheça tudo aquilo que eu fiz lá no governo do ex-presidente Lula, como eu tirei agora nesse governo o Brasil da crise, quando antes eu saí do Brasil e fui ser presidente de uma grande organização mundial, aí a intenção de voto aumenta de forma impressionante, e as pesquisas qualitativas indicam que tenho condições de ganhar a eleição. Entrar no segundo turno e ganhar o segundo turno”, afirmou.
Henrique Meirelles também criticou os líderes das intenções de voto ao Planalto, segundo as últimas pesquisas. O ex-ministro da Fazenda afirmou que Jair Bolsonaro não entende de economia e disse que Haddad vai voltar a fazer a mesma política econômica de Dilma Rousseff, que, para o candidato, colocou o Brasil na maior recessão da história. Já as propostas de Ciro Gomes foram tratadas por ele como “desastre econômico”.
Em outro trecho da entrevista, Meirelles reapresentou a proposta de criar 10 milhões de empregos em quatro anos. O presidenciável lembrou que gerou o mesmo número de vagas de trabalho enquanto esteve à frente do Banco Central, durante os governos do ex-presidente Lula.
*G.R