Motoristas passam a madrugada na fila da gasolina, no Vale do Aço

Vander Castro

Fila de carros para abastecer, nas proximidades de posto em Coronel Fabriciano, na manha dessa sexta-feira

A crise do desabastecimento atinge proporções consideradas preocupantes. Além das gôndolas vazias nos supermercados, desabastecidos com frutas, legumes e verduras, em Ipatinga, também acabou o gás de cozinha.

Nenhuma empresa consultada pelo Diário do Aço tem gás à venda. Na maioria delas a informação é que na segunda-feira, quando estourou a paralisação dos caminhoneiros, os seus caminhões estavam em trânsito e ficaram retidos em manifestações em variados pontos de rodovias.

Também estão acabando, de vez, os combustíveis. Centenas de motoristas passaram a madrugada nas filas dos postos à espera do atendimento na manhã dessa sexta-feira.

Em Coronel Fabriciano, o Posto Auto Giro no Caladinho do Meio, em Coronel Fabriciano, apresentava uma fila que se estendia pela avenida Tancredo Neves. “Estou aqui desde as 4h, mas não sei se vou conseguir abastecer. Tinha um compromisso familiar importante na região de Itabira, mas já penso em cancelar. Qualquer imprevisto pode nos deixar a pé na estrada”, explicou o soldador Alessandro Costa, em mensagem enviada ao Diário do Aço.

Paralisação mantida

Em todos os pontos de paralisação rodoviária de caminhões, no acesso ao Vale do Aço, a mobilização dos caminhoneiros foi pela sequência do movimento.

Os caminhoneiros autônomos afirmam em mensagens que o acordo fechado na noite de quinta-feira com o governo não os representa. “Quem assinou, não nos representa. Os nossos dirigentes (dos autônomos), não se pronunciaram sobre o fim da paralisação e nem sequer foram ouvidos”, afirmou Maurício Miranda, caminhoneiro e dono de uma transportadora.

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