População entrevistada defende a continuidade do bloqueio pelos caminhoneiros

O protesto dos caminhoneiros contra o valor dos combustíveis, em vários trechos das rodovias brasileiras, causou um impacto histórico no país. Hospitais, prefeituras, empresas, supermercados, postos de combustível, aeroportos e outros estabelecimentos foram atingidos. A população, desabastecida, também enfrenta o rigor da situação.

Muitas pessoas e empresas tiveram que fazer alterações no funcionamento ou suspender as atividades. Pressionado, o presidente Michel Temer (MDB) assinou um decreto na sexta-feira (25) determinando o uso das forças federais para liberar as rodovias e limpar, inclusive os acostamentos. Para saber a opinião das pessoas sobre isso, a reportagem do Diário do Aço foi às ruas do Centro de Ipatinga para ouvir a população sobre a paralisação dos caminhoneiros, que sofre com a falta de combustível, gás de cozinha e outras mercadorias essenciais no dia a dia.

Wôlmer Ezequiel

“Eu concordo plenamente porque a situação do Brasil hoje é uma vergonha para o governo desse país. A gente paga um imposto caro. Todo dia é uma luta. Eu que sou vendedora e trabalho na rua sei muito bem como que é difícil viver nesse país. Por isso eu apoio a paralisação dos caminhoneiros. Na minha casa já não tem gás de cozinha para fazer comida, mas mesmo assim, quero que eles continuem com o movimento”. Daniele Santos Oliveira, de 19 anos, vendedora.
Wôlmer Ezequiel

“Eu acho que eles estão fazendo a coisa certa, porque se não parar, não acontece nada. Pode perceber que foi só os caminhoneiros fazerem o bloqueio nas estradas que o Brasil parou de vez. Se fosse qualquer outra categoria que parasse, não iria resolver em nada. Eles parando, aí resolve o problema, porque só assim para tirar esses corruptos que estão no poder. E todo mundo tem que apoiar. Então tem que manter o bloqueio até diminuir o preço do combustível. Eu, como trabalho com táxi, vou ter que parar de rodar por esses dias. Geraldo Severino da Silva, de 50 anos, taxista
Wôlmer Ezequiel

“Eu apoio essa paralisação. Tudo que é a favor da comunidade, eu apoio. E tem que abaixar o preço do combustível mesmo porque é um absurdo o valor atual, sendo que é produzido aqui no país e a matéria-prima também é daqui. E por enquanto não está falando nada para mim. Posso aguentar um mês tranquilo ainda”. Jorge Luiz Soares, de 53 anos, fiscal
Wôlmer Ezequiel

“Tem que fazer (a paralisação) sim. Pelo menos o governo toma uma decisão para favorecer o povo, porque eles só ficam fazendo hora com a cara de muita gente. E em época de eleição, eles ficam batendo na porta da nossa casa pedindo voto e depois disso todo mundo some. Ninguém aparece para nos ajudar. Eu já estou sem botijão de gás na minha casa porque me pegou desprevenido. Agora tenho que cozinhar com fogão a lenha. Em relação ao combustível, só tenho R$ 70 de gasolina para rodar por enquanto”. Maurílio Nogueira Rodrigues, de 50 anos, vendedor
Wôlmer Ezequiel

“Apoio e muito o bloqueio dos caminhoneiros. Essa paralisação veio em uma hora boa porque só um bando de caminhoneiro consegue realmente parar esse Brasil. E quem sabe esses políticos não tomem vergonha na cara depois disso. Na minha casa, por enquanto, não está faltando nada, mas não tenho gasolina no tanque do meu carro. Então estou andando mais a pé mesmo, se eu precisar de ir para um local mais distante, como hospital, irei de ônibus”. Sandra Maria de Sá, de 52 anos, dona de casa
Wôlmer Ezequiel

“Eu apoio à paralisação dos caminhoneiros. Eu acho que é justo. E é algo que afeta todo mundo. Meu pai, por exemplo, já está gasolina para trabalhar. Então esse movimento acaba chamando atenção de muita gente. E esse valor de combustível realmente está muito caro e deveria abaixar. Se eu precisar de ir para algum local mais longe, tenho que pegar ônibus agora.” Stefany Cristina Gomes, de 18 anos, estudante

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