Presos todos os suspeitos de ataque a ônibus em Timóteo

Wellington Fred

Acusados do crime negam acusação de ataque a ônibus em Timóteo

Dez jovens, com idades entre 17 e 29 anos foram listados como suspeitos de envolvimento em um roubo seguido de tentativa de incêndio de um ônibus da Autotrans, concessionária do transporte coletivo urbano de passageiros, na noite de domingo, no aglomerado Bandeirantes, no bairro Novo Tempo.

Armados com barras de ferro, facões e armas de fogo, um bando cercou um ônibus, ameaçou e agrediu os funcionários da empresa, roubaram dinheiro, pertences pessoais das vítimas e, antes da fuga, derramaram líquido inflamável e uma das poltronas e tocou fogo. O incêndio foi controlado pelos funcionários da empresa, conforme já noticiado pelo Diário do Aço.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para garantir que o fogo não seria retomado no interior do ônibus e a Polícia Militar iniciou uma caçada aos bandidos, que resultou na prisão de vários dos suspeitos de participar do ataque.

Durante as buscas, iniciadas na noite domingo, e intensificadas na segunda-feira, chegou ao conhecimento do militares do Serviço de Inteligência que a ordem para a queima do ônibus teria partido do interior do Presídio de Caratinga, motivada pela insatisfação dos presidiários com os critérios mais rigorosos de inspeção e controle de itens levados pelos familiares durante as visitas.

Sendo assim, em represália ao que consideram “covardia do sistema”, foi ordenado por dois criminosos de Timóteo, presos em Caratinga, que fosse feito o ataque para demonstrar a revolta” contra o tratamento recebido pelos internos no Sistema Prisional de Caratinga. O encarregado do cumprimento da ordem, conforme as investigações, foi um adolescente de 17 anos irmão de um dos presos.

Entretanto, em menos de seis horas depois do ataque todos os suspeitos de envolvimento no crime estavam identificados pela Polícia Militar. Em uma das incursões para prender os envolvidos, policiais encontraram escondido em uma residência, Talisson Willian Florentino Labbiapari, de 23 anos. Dentro da mochila dele foi apreendida uma barra de maconha, pesando aproximadamente meio quilo. As informações levantadas pela equipe da PM indicam que Talisson era o indivíduo que, no ataque ao coletivo, portava uma arma longa (espingarda).

Ainda na segunda-feira as investigações apontaram as residências de todos os envolvidos no ataque ao ônibus e identificaram a casa de um adolescente de 17 anos como o local de reunião dos criminosos.

O telefone celular Samsung roubado do motorista na noite do ataque foi encontrado jogado no chão, sem bateria. Com outros dois menores de idade foram encontrados os valores em dinheiro levados do ônibus e dos funcionários, uma trocadora e o motorista da Autotrans.

A maioria dos envolvidos negou envolvimento no ataque ao ônibus. Entretanto, um inquérito aberto na Delegacia de Polícia Civil avalia as provas e definirá o papel de cada um deles no roubo seguido de tentativa de incêndio do coletivo.


Acusados do ataque a coletivo estavam escondidos em casas no bairro Novo Tempo


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