Na manhã deste domingo (30) os associados do Clube Alfa, em Timóteo, voltam a se reunir em assembleia para deliberar acerca do futuro do clube de lazer. A assembleia terá início às 9h, no ginásio do clube, no bairro Horto Malaquias. Na prática, a reunião será a sequência da primeira assembleia convocada para o dia 9 de setembro passado, quando os sócios não aprovaram a venda de parte do terreno do clube e votaram pela formação de uma comissão que, desde então, tenta alternativas para manter o clube em atividade.
Às voltas com dívidas trabalhista, previdenciária e tributária, acumulada ao longo dos últimos anos, a associação poderá ser mantida aberta caso os associados aprovem propostas como a venda de ativos (imóvel do campo de futebol e o ginásio), e acolham uma proposta para reajustar a mensalidade a fim de fazer frente às despesas do clube. Além da sede, em Timóteo, o Alfa também mantém a sede campestre, Lagoa Bonita, no distrito de Revés do Belém, município de Bom Jesus do Galho.
A dívida total, estimada em R$ 5,3 milhões, já foi parcialmente renegociada. A expectativa é que, com a venda de parte da área do clube, a amortização reduza o valor abaixo de R$ 2,7 milhões. A retração no mercado imobiliário, entretanto, é um desafio para encontrar um investidor interessado no imóvel, localizado em área nobre.
Reforço
Para a sequência da assembleia deste domingo, o presidente do clube, Luiz Cláudio Fernandes Durso, pediu apoio à Polícia Militar. O acesso às cadeiras será limitado aos sócios cotistas. Já os dependentes dos titulares não poderão entrar na área demarcada, mas poderão assistir, da arquibancada do ginásio, o andamento da assembleia, assim como os sócios contribuintes. Só terão direito a manifestação durante a assembleia, e voto, os sócios em dia com a taxa de manutenção da entidade. Atualmente, 229 sócios cotistas estão habilitados a votar.
Sigilo
O resultado do trabalho da comissão ainda não foi revelado, mas um dos nove integrantes relatou ao Diário do Aço que faltam informações detalhadas da venda anterior de áreas do clube, bem como a venda de eucalipto ao redor da Lagoa Bonita, sem nunca ter havido prestação de contas pelas diretorias da entidade. Há ainda o caso dos encargos descontados dos funcionários e não recolhidos ao governo. “Foi uma soma de fatores que levou o clube à crise financeira e administrativa. Sobrou para o sócio decidir o que fazer no domingo”, concluiu.
