Suspensão árabe na exportação do frango não tem ligação com mudança na embaixada, diz Mourão

De acordo com o presidente interino, a retirada tem relação com o desejo interno do país árabe de criar aves


O presidente em exercício, Hamilton Mourão, negou que a decisão da Arábia Saudita de suspender a compra de frango brasileiro está relacionada à possibilidade da embaixada do Brasil em Israel se transferida de Tel-Aviv para Jerusalém. De acordo com o militar, a retirada tem relação com o desejo do país árabe em criar aves no território nacional.

Maior importador de carne de frango do Brasil, o país do Oriente Médio tirou 33 frigoríficos da lista dos exportadores brasileiros. De acordo com Mourão, a decisão se deu após os sauditas visitarem o Brasil em outubro do ano passado para verificar as condições de frigoríficos e granjas. Atualmente, o Ministério da Agricultura habilita 58 frigoríficos para exportar aos árabes. Desses, apenas 25 permaneceram na lista.

Se Bolsonaro cumprir promessa de campanha de transferir a sede da embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém, ele seguirá uma medida tomada pelos Estados Unidos. Em maio de 2018, Donald Trump inaugurou a embaixada norte-americano em Jerusalém. No entanto, a possível transferência brasileira provocou críticas e preocupação da comunidade árabe, com quem o Brasil possui estreitas relações comerciais.

A mudança não foi confirmada oficialmente pelo governo brasileiro. Durante a visita ao Brasil para a posse de Bolsonaro, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também se demonstrou otimista para a mudança.

Reportagem, Mariana Fraga

 

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