Taxa de desemprego recua para 11,6% no trimestre até novembro; informalidade bate recorde

Embora o país tenha apresentado mais trabalhadores ocupados no trimestre terminado em novembro, o percentual mais alto desde 2012, a taxa de subutilização da força de trabalho e a desocupação continuam altas no Brasil.

O trimestre também tem outros recordes, como o número de empregados sem carteira de trabalho assinada e o de trabalhadores por conta própria.

Os dados da Pnad Continua referentes ao mercado de trabalho foram divulgados, nesta sexta-feira (28), pelo IBGE.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6%, mostrando queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre terminado em agosto, menos 501 mil pessoas desocupadas.

A população ocupada, que totalizou 93,2 milhões de pessoas, aumentou 1,2% em relação ao trimestre anterior e 1,3%  em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

O coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Simar Azeredo, explica que o aumento da ocupação ainda não significa a recuperação do mercado de trabalho.

A pesquisa mostra que o número de empregados com carteira de trabalho assinada ficou estável, mas aqueles sem carteira continuam subindo, alcançando os maiores índices desde 2012. Foram mais 498 mil pessoas sem carteira no trimestre terminado em novembro e mais 522 mil em relação à 2017. Um crescimento de quase 5%.

A pesquisa captou também a movimentação de ocupação decorrente das eleições, com pessoas contratadas como cabos eleitorais e nas pesquisas de opinião, por exemplo, além dos ocupados por conta dass promoções da black friday.

Simar destaca as fragilidades do crescimento baseado na informalidade. Ele lembra que, na informalidade, as pessoas não contribuem, por exemplo, com a Previdência Social.

O país perdeu cerca de 4 milhões de postos de trabalho com carteira assinada desde 2014. O país tem 7 milhões de pessoas subocupadas por insuficiência de horas, número que aumentou 4,7% em relação ao trimestre anterior e quase 9% em relação ao ano passado.

O contingente de desalentados, ou seja, os que desistiram de procurar trabalho, somam 4,7 milhões de pessoas, número que permaneceu estável em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2017, no entanto, o crescimento foi de quase 10%.

*As informações são da Radioagência Nacional.
G.J

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