O acordo de turno entre trabalhadores e a Usiminas vence no dia 31 deste mês. As negociações sobre a alteração na tabela já são realizadas entre funcionários, sindicato e empresa. O Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região (Sindipa) avalia as propostas da siderúrgica.
A tabela do turno atual possui os seguintes horários: 6 dias de 7h às 15h, em seguida folga de um dia, depois 3 dias no turno de 15h às 23h, 3 dias de 0h, 3 dias de folga, 3 dias de 15h às 23h, 3 dias de 0h e folga 2 dias, sequencialmente. O modelo atual foi aprovado pelos trabalhadores em 2012, e renovado nos anos de 2014 e 2016.
Segundo o presidente do Sindipa, Geraldo Magela, o objetivo é o retorno da quinta turma e, implantação do esquema conhecido como Semana Francesa. O acordo atual possui quatro turmas ou letras com três turnos de oito horas. Ele não propicia ao trabalhador um tempo de folga suficiente. A luta do sindicato é o retorno da quinta letra e implantação da Semana Francesa, na qual o trabalho é exercido dois dias em cada turno, com folga de 96 horas (quatro dias). Sabemos que não será fácil conseguirmos esta negociação, mas tentaremos. Outra proposta do sindicato é a tabela 4 por 4, seriam quatro dias trabalhados em um turno de 12 horas e quatro dias de folga, afirma.
Em nota, a Usiminas indicou que a tabela 4 por 4 pode gerar passivos trabalhistas para a empresa, mas que a negociação busca um ponto de equilíbrio. A solicitação do sindicato é que seja adotada uma tabela 4 por 4, em que o empregado trabalha 12 horas, o que ultrapassa o limite de oito horas diárias permitidas por lei para turnos de revezamento. A companhia segue buscando a melhor resolução que equilibre a expectativa dos colaboradores, a possibilidades da empresa e os limites legais, informa.
Turno Fixo
Segundo o sindicalista, o retorno do turno fixo é uma ameaça, mas a tendência é a categoria não aceitar. Para aprovar a tabela que beneficia a empresa há uma pressão interna para a retomada do turno fixo. Contudo, com base na legislação trabalhista o sindicato não entende que este modelo seja legal e na votação estaremos com a maioria dos trabalhadores, ainda que as propostas apresentadas pelo Sindipa não vençam, destaca.