Três investigadores e um delegado são suspensos no interior de Minas em nova fase da Operação ‘Fênix’

Três investigadores e um delegado, ambos lotados nas cidades de Araxá, no Alto Paranaíba, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foram suspensos de seus cargos no último sábado (09). A investigação foi feita pelo Ministério Público de Minas Gerais e aponta o envolvimento de policiais civis e empresários em um esquema criminoso.

A Operação “Fênix”, que começou uma nova fase na última quinta-feira (07), apura crimes de corrupção, tráfico de drogas, venda ilegal de armas, receptação, adulteração de identificação de veículos, além de fraude processual e obstrução da Justiça. O MP também destacou que o objetivo principal da quadrilha era o desvio de cargas.

A ação foi conduzida pelo Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, que finalizou com o cumprimento de 23 mandados de prisão, um mandado de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Uberlândia e Uberaba, no Triângulo Mineiro, e Itumbiara, em Goiás.

O afastamento dos servidores foi publicado no Diário Oficial de Minas Gerais da última sexta-feira (08) e assinado pelo chefe da Polícia Civil, João Octacílio Silva Neto. Estão suspensos o delegado de Araxá, Sandro Montanha de Souza Negrão, o investigador Alisson Reis Santana e os investigadores de Uberlândia José Amadeu dos Santos e Clayton Donizete dos Reis.

De acordo com o Ministério, pelo menos cinco desvios de cargas como sementes de milho, madeira, balas e coberturas de chocolate, sucos e extratos de tomate, entre outros, teriam sido praticados pelos criminosos. Os policiais civis também são suspeitos de tráfico de drogas, envolvendo o roubo, armazenamento e venda de 160 quilos de pasta base de cocaína.

Ainda segundo o MP, a organização criminosa falsificava placas e documentos de veículos, Carteiras Nacionais de Habilitação e Registros de Evento de Defesa Social para praticar os crimes. Nas buscas foram encontrados diversos equipamentos para falsificação de documentos, documentos falsificados, máquina para fabricação de placas de veículos automotores, uma arma de fogo e substância entorpecente.

Vale ressaltar, que na primeira etapa da operação, que aconteceu em dezembro de 2017, mais de 50 policiais foram presos.

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