Troca no comando das Prefeituras de Ipatinga e Timóteo movimenta bastidores da política

Wôlmer Ezequiel

Em Ipatinga Nardyello Rocha prepara sua ida para o comando da prefeitura e em Timóteo Adriano Alvarenga forma gabinete de emergência

Os bastidores da política administrativa em Timóteo e em Ipatinga estão movimentados com decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A mais recente delas, por unanimidade, estabeleceu na quinta-feira (8) que novas eleições podem ser convocadas quando um político eleito tiver o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão da mais alta corte eleitoral agora é considerada “o trânsito em julgado”. Sem condições de recorrer ao STF, prefeitos, vereadores e deputados que perderem o cargo em processos eleitorais terão que sair imediatamente.

Em outra decisão, do dia primeiro de março, a maioria dos ministros do STF entendeu que a Lei Complementar nº 135, de 2010, também chamada Lei da Ficha Limpa, é aplicável a políticos condenados por abuso do poder político e poder eleitoral antes de 2010, quando a lei entrou em vigor. Tanto o prefeito de Ipatinga, Sebastião Quintão (PMDB), quanto o de Timóteo, Geraldo Hilário (PP), se enquadram nessa situação, por sentenças anteriores.

Ipatinga
Nesta sexta-feira, o Diário do Aço apurou que o dia foi reuniões preparatórias para a transição do governo de Sebastião Quintão para o presidente da Câmara, Nardyello Rocha (PMDB). Foi confirmado, também, que advogados do prefeito ainda tentariam, nesse fim de semana, uma última cartada para evitar a saída de Quintão.

Embora os atores envolvidos na negociação evitem dar declarações à imprensa, o que se sabe é que Nardyello Rocha luta contra o tempo para formar um gabinete de emergência e evitar que a máquina pública pare quando chegar a ordem do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, para a troca no comando da Prefeitura de Ipatinga. Quanto tempo o prefeito interino ficará no cargo é uma incógnita. Regimentalmente a lei eleitoral cita que são 90 dias para a convocação da eleição suplementar. Entretanto, a realização de nova eleição depende, entre outros fatores, de orçamento da Justiça Eleitoral.

No caso de afastamento de Nardyello Rocha para ocupar o cargo de Chefe do Executivo, o vice-presidente da mesa diretora, que tem mandato até o fim de 2018, Osimar Barbosa, o Masinho (PSC), assumiria a presidência da Casa. Já a vaga no legislativo seria assumida pelo primeiro suplente, Nilsin da Transnil (PMDB).

Timóteo

Também em Timóteo a sexta-feira foi de mobilização e discussões em torno de um gabinete de emergência para a eventualidade da posse do presidente do Legislativo, Adriano Alvarenga (PMB) como prefeito interino. Para o seu lugar, na Mesa Diretora, vai o primeiro vice-presidente do Legislativo, Luiz Perdigão (PP).

Embora o prefeito Geraldo Hilário tenha concedido entrevista à imprensa no dia dois de março afirmando que tinha confiança na sua permanência no cargo, ontem o que se apurou nos bastidores foi outro cenário. “Não há recurso que mantenha Geraldo Hilário no cargo. A sua saída, com a determinação da posse do presidente da Câmara é uma questão de tempo e pode ocorrer nas próximas horas”, afirmou um assessor do Legislativo que pediu para não ser identificado.


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